Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 23 - Por Luiz Domingues
Mas à medida que os meses finais de 1999, puseram-se a extinguir-se, a animação tratou por voltar, pois tínhamos duas datas agendadas no teatro Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo. E como seriam os nossos primeiros shows em um lugar mais categorizado, mesmo sem verba, decidimos caprichar na produção, ao máximo.
Uma das ideias que tivemos, foi em ressuscitar a clássica "bolha psicodélica", como visual de fundo de palco. Entretanto, como os nossos recursos eram parcos, tínhamos que improvisar e de certa maneira sermos tão criativos quantos os primeiros hippies brasileiros faziam para imitar o efeito que acontecia nos shows de Rock norteamericanos e britânicos, dos anos sessenta. Então, o Júnior lembrou-se que o primeiro empreendedor que fez bolhas psicodélicas em shows de Rock em São Paulo, foi o artista plástico André Peticov, irmão do outro grande artista plástico, Antonio Peticov.
O grande artista plástico e testemunha ocular da contracultura sessentista, André Peticov
Como o conhecia desde os anos setenta, culminou em achar o seu telefone, e pediu-lhe ajuda. No entanto, ele tinha compromisso, e não poderia estar presente nos shows para fazer as projeções (seria o máximo contar com ele, devo acrescentar). Porém, enviou-nos instruções, buscamos um projetor de slides velho. A técnica era rudimentar, primitiva e cheia de maneirismos brasileiros.
O "maquinário" improvisado consistia de : um projetor velho; lentes de câmera fotográfica; e refrigerante, de preferência guaraná ou soda limonada. As borbulhantes efeitos do refrigerante ampliados e projetados, mais gelatinas coloridas de celofane, faziam as bolhas psicodélicas lindíssimas. Era extremamente mambembe e artesanal, mas requeria uma atenção constante e produzia uma verdadeira enchente, literal, em volta, o que seria um problema para a operação em um teatro.
Então percebemos, ao realizar testes caseiros, que o projetor que arrumáramos era muito fraco. Para projetar sob um diâmetro maior, precisaríamos de algo mais potente. O Rodrigo chegou a cotar preço de aluguel de projetores vintage, mas os valores revelaram-se absurdos. E houve também a questão da tela. Teria que ser um tecido adequado, e não algo improvisado, de qualquer forma.
Continua...
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