Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 50 - Por Luiz Domingues
Não deu para descansarmos muito, pois a viagem seria longa, e o objetivo foi chegar no período da tarde na cidade de Londrina / PR, a fim de cumprir o soundcheck, com relativa tranquilidade. A viagem foi boa, mas o ânimo dentro do micro-ônibus esteve comprometido pelo cansaço. Sem o clima de euforia gerado no dia anterior, onde fizemos o percurso São Paulo / Avaré e ríamos das aventuras junkies de Cheech & Chong, nesse instante agora a maioria preferiu dormir, simplesmente.
Resenha do álbum Chronophagia, no Fanzine Matéria Prima, de Londrina-PR
Nesse aspecto, a viagem foi tranquila, mas a ida à Londrina revelar-se-ia uma aventura cheia de aspectos dramáticos e alguns cômicos, que descreverei a seguir. Para início de conversa, tratou-se de um show a ser feito em um festival denominado : "Mutantes Fest". A ideia seria que a Patrulha do Espaço fosse o show principal, e que bandas locais cumprissem as apresentações de abertura. No contrato que o Rolando Castello Júnior assinou, o contratante dizia que seria realizado em um sítio ao ar livre, mas ainda estávamos na estrada e o contratante ligou, para dizer-nos que chovera a noite inteira e ele resolvera transferir o festival para o salão de festas de um clube.
Resenha sobre o álbum, Chronophagia, publicada na Revista Rock Brigade, e assinada pelo mega competente jornalista, Antonio Carlos Monteiro
Isso já foi um tremendo mau indício, pois sinalizara que toda a infraestrutura prometida fora desmontada e remontada às pressas e pior, todo o esforço de divulgação desperdiçado, com um lacônico cartaz colocado no portão de um sitio, a indicar que o festival fora transferido para um clube, ou seja, decretou-se certamente a garantia de que nem 10% do público esperado, deslocar-se-ia para o tal novo lugar improvisado. Isso sem contar que por ser ao ar livre, houve a previsão de contar com barracas de comidas; bebidas e souvenirs; estrutura de sanitários etc. Bem, pensamos : foi uma fatalidade que todo produtor de shows passa ao arriscar shows ao ar livre e ser surpreendido por intempéries meteorológicas. É uma lástima, mas o risco é sempre enorme para quem produz shows assim.
Continua...
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