Seguiu-se a esse show ao ar livre na porta do Bar Fuzzy's, um período de ensaios que seguiram com todo o empenho, até meados de dezembro de 1999. Nesse ínterim, fizemos as primeiras fotos promocionais mais categorizadas enfim, pois a sessão realizada anteriormente foi amadorística, e nenhuma foto sequer foi aproveitada por falta de qualidade técnica, ou simplesmente por mostrar-se sem condição alguma, sob o ponto de vista estético. Nesse material fotográfico proscrito, parecemos um grupo de sujeitos mal fantasiados como hippies dos anos 1960, prontos para participar de um baile à fantasia com teor temático.
Nessa segunda sessão fotográfica, que aconteceu em setembro, fomos a um estúdio localizado na Rua Nova York, no bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo. Esse fotógrafo (chamado : Moa Sitibaldi), foi providenciado graças a um contato da Claudia Fernanda, namorada do Júnior, que nesta altura, estava a trabalhar como produtora da banda. Ela tinha contatos no mundo das Artes Plásticas, pois trabalhava na produção de eventos dessa natureza, como exposições; vernissages, instalações etc.
As fotos ficaram boas, e foram usadas muitas vezes em publicações que a banda anexou ao seu portfólio. Não havia perspectiva de um novo show em curto prazo. A próxima data agendada seria no Centro Cultural São Paulo, mas apenas em dezembro. Então, nesses meses de setembro, até o início de dezembro, pudemos afiar bem o repertório antigo da Patrulha do Espaço, e trabalhar forte nas músicas novas.
Isso foi fundamental para chegarmos muito afiados aos shows de dezembro (seriam dois dias no Centro Cultural São Paulo), e principalmente no estúdio, em janeiro de 2000, onde gravaríamos o primeiro álbum com essa nova formação, e primeiro disco com músicas inéditas da Patrulha do Espaço, desde 1985. Foram tempos difíceis, financeiramente a relembrar, pela escassez de shows nesses meses, todavia tempos produtivos pela oportunidade de ensaiarmos bastante.
E nessa fase em que estávamos a ensaiar no estúdio do P.A. (Paulo Antonio, do RPM), localizado no bairro da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, houve uma sinergia muito forte com o espírito dos ideais fomentados na época do Sidharta, pois usáramos bastante essa mesma sala de ensaio para compor e aprimorar aquelas canções novas, que agora seriam defendidas pela Patrulha do Espaço. Ali, que houvera sido o QG do Sidharta na maior parte do tempo, o ambiente hippie foi adequado para a atmosfera que buscávamos através dessa nova identidade que imprimiríamos na Patrulha do Espaço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário