Vou escrever aqui por desencargo de consciência e
para me livrar do pensamento de escrever, o que é outro dos motivos pelo
qual se escreve: pensamentos obsessivos que se repetem na mente do
autor.
Diante de mais uma eleição para presidente, nenhum dos candidatos tocam no ponto crucial do Brasil: a formação de leitores.
Fala-se vagamente em "melhorar a educação" - o que é isso, na pratica? Investir mais, somente? Melhorar a merenda? Os jardins? Os muros?
Diante de mais uma eleição para presidente, nenhum dos candidatos tocam no ponto crucial do Brasil: a formação de leitores.
Fala-se vagamente em "melhorar a educação" - o que é isso, na pratica? Investir mais, somente? Melhorar a merenda? Os jardins? Os muros?
O problema do Brasil é
a construção de outro tipo de população, produtiva, sensível e
informada, mais ainda que de infraestrutura das condições existenciais
nas cidades, no qual, visto de modo superficial, existem até lugares bem desenvolvidos.
O problema do país está no desenvolvimento das mentes e do caráter.
O que vemos de violência com sessenta mil mortos anuais e seus subprodutos de variados matizes, nada mais é do que um país sem imaginação e sensibilidade e de uma gente sem conhecimento e profundidade que vai aos poucos, em larga escala, se autodestruindo.
O que os brasileiros não sabem e os candidatos, ao que parece, idem, é que o país precisa ter uma política séria e urgente para o livro e para a formação de leitores.
Talvez o ministério mais necessário seja esse: o do livro. Do ponto de vista livresco, o povo não é alfabetizado. O Brasil precisa de leitores somente e tudo o mais virá por acréscimo.
Marcelino Rodriguez é colunista esporádico do Blog Luiz Domingues 2. Escritor de vasta e consagrada obra, aqui nos traz uma crônica oportuna, ainda que desalentadora de certa forma, pois sabemos que o processo político no Brasil é um desastre e em seu bojo, não temos esperanças numa classe política avessa à educação e cultura.
O problema do país está no desenvolvimento das mentes e do caráter.
O que vemos de violência com sessenta mil mortos anuais e seus subprodutos de variados matizes, nada mais é do que um país sem imaginação e sensibilidade e de uma gente sem conhecimento e profundidade que vai aos poucos, em larga escala, se autodestruindo.
O que os brasileiros não sabem e os candidatos, ao que parece, idem, é que o país precisa ter uma política séria e urgente para o livro e para a formação de leitores.
Talvez o ministério mais necessário seja esse: o do livro. Do ponto de vista livresco, o povo não é alfabetizado. O Brasil precisa de leitores somente e tudo o mais virá por acréscimo.
Marcelino Rodriguez é colunista esporádico do Blog Luiz Domingues 2. Escritor de vasta e consagrada obra, aqui nos traz uma crônica oportuna, ainda que desalentadora de certa forma, pois sabemos que o processo político no Brasil é um desastre e em seu bojo, não temos esperanças numa classe política avessa à educação e cultura.
Falou tudo. Realmente precisamos de leitores que entendam o que estão lendo.
ResponderExcluirFalar que precisa melhorar a educação já virou moda, todos falam, mas como? Como é o X da questão.
Em todas as classes sociais a prática da leitura é quase nula. É melhor discutir sobre quem vai ganhar o BBB ou sobre a novela das 9.
Portanto, todavia, o caminho é o conhecimento, que se adquire principalmente lendo, exercitando o cérebro.
Abraço Marcelino e Luiz!
Também gostei bastante da crônica do Marcelino. A pertinência do tema é total e a abordagem do escritor tem em seu bojo a dor moral que ele sente na pele, por ser um escritor num país onde não se incentiva que hajam leitores. Durma-se com um barulho desses.
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