terça-feira, 30 de setembro de 2014

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 64 - Por Luiz Domingues


Os próximos passos seriam menos frustrantes, todavia. Seriam mais três shows no interior de São Paulo, marcados para o mês de novembro. O primeiro, para o dia 10 de novembro de 2000, foi na cidade de Mogi-Guaçu / SP, na região de Campinas. Para quem não conhece direito o estado de São Paulo, digo que fica localizada  cerca de 70 Km adiante de Campinas, na direção da divisa com Minas Gerais, e a primeira cidade mineira naquela rota, é Poços de Caldas.
Mogi-Guaçu é unida praticamente em outra cidade, também chamada Mogi, só que Mogi-Mirim. Mogi-Guaçu é maior, mas Mogi-Mirim ficou mais famosa por ter um time de futebol que já esteve várias vezes na primeira divisão estadual e na segunda nacional, tendo revelado grandes jogadores para o futebol brasileiro, e sem dúvida, o mais famoso deles, a tratar-se de Rivaldo. Esse show foi promovido por um programa de rádio (Projeto Coda), que havia entrevistado-nos em Sorocaba / SP, no mês de julho, e essa história eu já contei anteriormente. Foi realizado em um clube local, chamado : "Tempo Clube", que ficava localizado em uma aprazível praça, bem interiorana, e lembro-me de ser perto do Fórum Judicial da cidade. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal da Rádio, pessoas essas que estavam muito eufóricas com a presença da Patrulha do Espaço, a contrastar com o ar desconfiado dos dirigentes do clube, não acostumados a shows de Rock autorais, ainda mais. Uma repórter do jornal local, Gazeta Guaçana, veio entrevistar-nos durante a realização do nosso soundcheck. Com direito a fotografia e um certo clima de euforia por parte dos Rockers da Rádio, contudo, infelizmente, manteve uma condução constrangedora, pois a moça, apesar de ser muito simpática, demonstrou nitidamente estar despreparada para entrevistar-nos, dado o caráter vazio de suas perguntas.

A repórter, Mariana Martini, muito simpática e solícita, mas sem saber exatamente o que perguntar-nos. Louvo a sua boa vontade e o apoio que deve ter tido para a redação final, na edição, que pode ser lida acima. Foto do acervo de Alexandre Quadros.


Ela tinha uma vaga noção de que a banda tinha história, mas não fez a lição de casa, ao pesquisar devidamente sobre nós, para fazer perguntas mais embasadas. Dessa forma, o Junior, ao perceber o clima embaraçoso, tratou em fornecer algumas respostas mais desconcertantes, mais na base da brincadeira, em forma de protesto pela situação, ainda que ameno, pois enfatizo, a moça teve extrema boa vontade para conosco. Todavia ao final, deu tudo certo e o soundcheck foi satisfatório, ao deixar-nos seguros de que o show transcorreria de forma tranquila. Fomos para o hotel descansar e jantar. Haveria uma banda de abertura local, e segundo apuramos, tratava-se de uma banda de Heavy-Metal, infelizmente... 

Continua...

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