Fizemos uma divulgação rápida, ao lutarmos contra o relógio de um show marcado às pressas, mas animados pela possibilidade de um espetáculo diferente, que certamente impressionaria o público.
Não foi uma
grande sacada inovadora ao meu ver, pois remetera aos happenings
sessentistas, mas essa realidade estava tão distante de nós, que ficou
óbvio que surpreenderia a esmagadora maioria do público.
O "Parabelum" faria o seu show de estreia. Tratou-se de um trio com a proposta de fazer um som aberto, a passear pelo Rock vintage, MPB, World Music, Folk, e até pela música étnica. A grande estrela, claro, foi o Cezar de Mercês, pela estrada percorrida no Rock e MPB etc. Mas os outros elementos, eram músicos de grande qualidade e versatilidade.
O
guitarrista/baixista Marcião Gonçalves, é um raro exemplo de
multi-instrumentista que executa com maestria mais de um instrumento,
além de cantar e compor bem.
E o percussionista/baterista e
cantor, Caio Ignácio, dominava a linguagem da percussão, como poucos, além
de ser compositor, também.
Já o grupo de Teatro "Comédia de Gaveta", havia preparado duas sketchs curtas como participação para o evento.
Abririam o espetáculo, com uma criação coletiva deles, a se evocar o teatro grego clássico e gerar uma ligação com os tempos atuais e o show de Rock, enquanto uma instituição.
E no meio, entre uma banda e outra, prepararam uma sketch mais contemporânea, em que o humor foi a tônica e uma confusão seria criada pela quebra de um LP raro dos Beatles, acidentalmente, a causar discórdia entre as personagens.
Da parte do artista plástico, Diogo Oliveira, estávamos ansiosos pela sua participação, justamente por sermos sabedores de sua genialidade. Tínhamos certeza de que ele seria um estouro no espetáculo, pela sua incrível criatividade, e pelo fato de ser um grande músico igualmente, além de estar conectado com a vibração sessentista como um ideal, a sua interação com a música, seria total, portanto. E chegou o dia do espetáculo!
Continua...
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