Tendemos a nomear maduros, ou pessoas
com maturidade, aqueles que já cruzaram a casa dos trinta e muitos ou, até, já
apossaram-se das décadas dos ‘enta’...mas, preferimos, e, talvez nem só nós,
olhar para essa certa segurança em si, confiança caracterizada por algo interno
a autorizar comportamentos, habilidades bem exercidas, tradutoras de
facilidades diante de determinadas ou variadas boas respostas, resultados !
Nesse caso, já aí, não mais apoiamos
tais competências no tempo cronológico.
A depender do referencial, seja ela
idade ou capacidade, vale observação, reflexão.
Aquele, aprendendo a pedalar sozinho,
ainda apoiado nas rodinhas, encanta-se com o pouco maior, mais velho, mais
experiente...?!...andando com desenvoltura, livre, leve e solto, fazendo curvas
e, até, levantando as pernas...
Às vezes, essa maioridade almejada
vem carregada de contradições: muita rotina, disciplina confrontada com um
‘virar gente grande’ aprendendo a relaxar, flexibilizar...
O contrario daquele que muito orgulho
de ser tão livre, vê-se confrontado com necessário adequar hábitos para alguma
cura, recuperar-se e voltar a crescer.
Muita diplomacia na fala, gestos, num
acessar espontaneidade como up trazendo outra naturalidade além polidez
estudada, condicionada, educada.
Excesso de teoria com falta de
praticidade, assim como muita objetividade sem nenhum apoio técnico,
discernimento, critério ou mesmo lógica demonstrando perfis audaciosos ou criteriosos que
mesmo resultando, não satisfazem, gratificam...
Falta de criatividade por extremas facilidades
a se encantar com iniciativas e sacadas advindas do famoso ditado ‘a
necessidade é a mãe da invenção’ em meio a muitas carências, mas... muito
produtor de beleza, harmonia, plenitude !
E, quantas e tantas diferentes maturidades
admiramos à distância, tentando entender os caminhos que foram forjados...se,
respeitosamente, costumamos olhar o próximo em seu curso, ou,
questionando, maldosa, cobiçosa e
invejosamente, se não valorizamos e aceitamos o trilhar como meio de conquista
de qualquer habilidade, onde no outro vemos, aparente,
tranquilo exercer naquilo que em nós, tanto ameaçador se apresenta assinando a
própria fragilidade infeliz !
Cada qual, para alavancar outro
patamar, degrau, seu novo tamanho, enfrenta lá seus percalços, medos e embates
que só mesmo da perspectiva e lugar de cada um, carregando a bagagem, calçando
seus sapatos com dores ou confortos, conhecendo seus passos e estrada de vida
poderá avaliar e, então, e só mesmo então,
valorizando o ali fluir tão fácil, visto
de longe e de fora, mas, que, de perto, tem lá outros pesos e importâncias que,
ainda assim, continua tão desafiador, e, se conquistado, será mais um diploma, resultado como aqueles
muitos e antes,
corajosamente ganhos, seja espontânea ou
obrigatoriamente, esperado, merecido !
Para isso, há que se cuidar do uso bom
do tempo (e...quanta sabedoria em bem empregar num mundo que tanto favorece
distração para o solitária diante de sua telinha - celular/computador/televisão
- ou extrovertido e suas muitas diversões!), atenção para identificar sempre e
cada vez mais, limites e aberturas,
explorando atalhos incomuns, vencendo e cedendo, correndo atrás e deixando
passar, soltando ainda que inseguro e agarrando ainda que
também com confiança frágil ,conhecendo, como um aprendiz
ignorante e ávido de água fresca, e exercendo seus saberes, agora humildes, na
sua melhor versão de veracidade, honestidade nos vários e muitos graus,
portais, densidades por experienciar nos mais diversos números, tamanhos e
cores que ainda vestiremos.
Que assim seja, que assim venha e,
assim, cumpra-se !!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes, e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Desta vez, mergulhou fundo no tema da maturidade em sua crônica, nos fazendo enxergar que tal conceito é múltiplo, e merece reflexão mais apurada para se chegar à uma conclusão.
Pois é... É isso mesmo. Há uma passagem em "Máximas e Reflexões", de Johann Wolfgang von Goethe, que diz mais ou menos assim:
ResponderExcluirA cada etapa da vida do homem corresponde uma certa Filosofia. A criança apresenta-se como um realista, já que está tão convicta da existência da peras e das maçãs como da sua. O adolescente, perturbado por paixões interiores, tem que dar maior atenção a si mesmo, tem que se experimentar antes de experimentar as coisas, e transforma-se portanto num idealista. O homem adulto, pelo contrário, tem todos os motivos para ser um céptico, já que é sempre útil pôr em dúvida os meios que se escolhem para atingir os objectivos. Dito de outro modo, o adulto tem toda a vantagem em manter a flexibilidade do entendimento, antes da acção e no decurso da acção, para não ter que se arrepender posteriormente dos erros de escolha. Quanto ao ancião, converter-se-á, necessariamente, ao misticismo, porque olha à sua volta e as mais das coisas lhe parecem depender apenas do acaso: o irracional triunfa, o racional fracassa, a felicidade e a infelicidade andam a par sem se perceber porquê. É assim e assim foi sempre, dirá ele, e nesta última etapa da vida encontra a calma na contemplação do que existe, do que existiu e do que virá a existir.
E muito bom passear ao longo da vida,, nas muitas infâncias, adolescências, adultices e velhices onde experimentamos realismo, idealismo, ceticismo e misticismos na superfície de nossa eternidade!
ExcluirGratidão pelo filosófico comentário! Abraço aí e na mas tê!
E muito bom passear ao longo da vida,, nas muitas infâncias, adolescências, adultices e velhices onde experimentamos realismo, idealismo, ceticismo e misticismos na superfície de nossa eternidade!
ExcluirGratidão pelo filosófico comentário! Abraço aí e na mas tê!
... para se chegar à uma conclusão... Ou várias... Quem sabe! ... Muito bom o texto!
ResponderExcluirVárias...nas muitas maturidades exercidas!
ExcluirGrata por seu incentivador acréscimo.
Várias...nas muitas maturidades exercidas!
ExcluirGrata por seu incentivador acréscimo.
Oi Telma, como voce já disse, nas várias infancias, adultices, velhices atravez dos tempos, já que somos eternos e renascemos para novos aprendizados, seremos maduros ou teremos maturidade relariva á aquele ponto de nossa trajetória e para reiniciarmos a conquista de outros pontos de maturidade através dos tempos,não há limites, pelo menos não que alcancemos vislunbra-los agora, Namaste Adriano.
ResponderExcluirSim...várias infâncias e adultices ao longa dessa mesma existência!
ExcluirPor isso, atenção é muito bem-vinda para permanecer aluno/professor no curso da vida...sempre aprendendo/ensinando.
Vivemos em brahmasamypia ou eterna aproximação do divino, sem nunca tocar...sempre vislumbraremos e continuamente seguirá atraindo num processo ad eternum, ou teríamos um deus finito!?
Grata mais uma vez pela leitura e comentário