Passada essa boa etapa do show/happening, montamos um projeto desse mesmo espetáculo, organizado com o intuito de tentar vendê-lo em outros espaços. Mas sem um empresário, agente ou contato, mínimo que fosse, ficara muito difícil viabilizá-lo para valer.
Concomitantemente,
a grande onda com a qual surfamos, da metade de 2006 até o fim de
setembro, quebrara-se na praia.
Quando estávamos a viver o momento, mesmo já sendo bastante experientes, claro que mesmo a percebermos, não o admitíamos, pois no calor dos acontecimentos, não se pode esmorecer, a grosso modo.
Mas foi um fato inexorável e como consequência direta, ficamos
sem perspectivas de imediato em termos de shows e não houve muito mais
o que fazer sobre a divulgação do primeiro álbum, a não ser
esbarrar nas portas impossíveis de abrirem-se para artistas
independentes do underground.
Só restara-nos portanto, mergulhar de cabeça no processo de composição de novas músicas e começarmos a pensar no segundo álbum.
Uma tentativa de agendar apresentações em um circuito alternativo, redundou em frustração, pois apresentarmo-nos em casas que não tinham absolutamente nenhuma ambientação para a nossa proposta artística, não fazia sentido.
Tocamos no Manifesto Bar, um reduto de apreciadores de Hard-Rock e Heavy-Metal oitentistas, predominantemente, e assim, o sentido de tocar-se em uma casa fechada para um nicho tão específico e fora dos nossos padrões, realmente pouco ou nada acrescentaria à nossa escalada.
Não sei se posso considerar bom ou mau, o fato de que pouca gente compareceu ao evento, nessas circunstâncias. Dividimos a noite com uma banda Pop-Rock, chamada: "Arsenico", cujo baixista era um ex-membro do Big Balls (Pedro Crispi), banda que o Xando Zupo teve nos anos noventa.
De fato, tocar no Manifesto Bar não acrescentou-nos nada, e ficamos com a sensação de um ensaio aberto, tão somente. Foi no dia 1° de março de 2007, com um fraco público a demarcar a presença de apenas vinte pessoas presentes.
Em minha opinião, esse show foi um reflexo da "onda quebrada no mar", que eu mencionei anteriormente. Definitivamente, foi a hora para promovermos mudanças na estratégia e talvez o melhor naquele instante, fosse um mergulho nas novas músicas. E foi o que fizemos!
Continua...
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