Recebemos o telefonema de um funcionário do Centro Cultural São Paulo, a convidar-nos a ocupar a data de um artista que repentinamente havia desistido dela.
Foi bastante em cima da hora, mas aceitamos assim mesmo e de uma forma arrojada, resolvemos colocar em prática a ideia de fazermos algo além do tradicional show, apesar de ser paradoxalmente ainda mais difícil produzir algo mais sofisticado, com pouco tempo para tal.
Convidamos então uma nova banda recém-formada, mas por
músicos experientes e talentosos, que gravitavam na nossa órbita,
costumeiramente.
O grande, Cezar de Mercês, d'O Terço"
Tal banda fora formada por: Marcião Gonçalves (guitarra/baixo e voz), Caio
Ignácio (bateria/percussão e voz), e Cezar das Mercês (baixo/guitarra e
voz).
Essa nova banda que formara-se, recebeu o nome de "Parabelum",
nome que designava uma gíria antiga para identificar a pistola "Luger",
muito usada por oficiais nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.
O outro convidado, foi um grupo de Teatro, chamado: "Comédia de Gaveta", com a proposta de encenar duas sketches, uma no início do espetáculo, e a outra, entre as apresentações do Parabelum e do Pedra, a aproveitar a troca de set up das bandas.
E a quarta atração,
seria intermitente, com a presença ao vivo do artista plástico, Diogo
Oliveira, que pintaria diversas telas, sob um ritmo frenético, para deixar o
público sem saber para onde olhar, literalmente.
Todo o conceito, evocara os "happenings" dos anos sessenta, e como há décadas tal concepção estava obscurecida, principalmente aqui no Brasil, teve em tese, tudo para surpreender o público.
Mesmo ao parecer muita ação para um
curto espaço de duração, de apenas uma hora e meia, nós realizamos uma reunião
com todos os artistas envolvidos e ficou claro para todos, a necessidade
de haver um rigoroso controle de tempo da parte de todos.
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