Com uma produção muito simples, mal acabou de acertar o som mais ou
menos, e o Edvaldo Santana já começou o seu show, pois o público já estava a se
acomodar no salão envidraçado. O segredo ali seria tocar sob um
volume bem baixo no palco, pois o PA era fraco e a reverberação do
ambiente, enorme, não só pela parede envidraçada, mas também pela sua
arquitetura sinuosa, nada adequada para uma sonorização de espetáculo
musical.
Fachada de fora da galeria de vidro pertencente ao complexo cultural da Galeria Olido, e nessa foto extraída da internet, com uma performance de um grupo teatral
Naquele ambiente, fazer um show intimista com voz & violão
seria o máximo possível para se garantir uma qualidade razoável de
audição ao público, mas por outro lado, foi notável o esforço do produtor musical, Luiz Calanca
para manter vivo o evento, com uma periodicidade semanal, ao escalar
bandas de Rock autorais. Portanto, se não foi o local, e o equipamento
ideais, a boa vontade para disponibilizar um espaço para artistas sofridos
como nós, foi louvável.
Resignado com a situação e as condições,
é claro que relevei tudo, e após confraternizar-me com o Luiz Calanca,
sentei-me e assisti com bastante interesse o show do Edvaldo Santana. O
Carlinhos Machado já havia me dito que o som dele era interessante, e eu pude
comprovar isso ao longo de seu show de choque, com pouco mais de trinta
minutos de duração.
De fato, soou-me como um som bastante competente, ao mesclar a MPB setentista, com Blues, baladas, e um leve sabor Rock'n' Roll para
arrematar. As suas letras eram bastante espirituosas, a lembrar artistas da
MPB setentistas com um pé no Folk, e o outro no movimento Hippie, e de
certa forma lembrou-me artistas do underground que eu apreciava nos anos setenta, tais
como: Bendengó, Flying Banana, Papa Poluição e outros.
Ele, Santana, saiu de cena bem rápido, pois teria um outro show a cumprir na mesma noite em outro espaço, e assim abriu espaço para os Kurandeiros de Kim Kehl entrarem em cena. Nessa noite, teríamos o reforço do tecladista & gaitista e cantor, Claudio Veiga, popular, "Cazão".
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 22 de novembro de 2015
Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 25 - Por Luiz Domingues
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