Marcamos encontro na casa do Xando Zupo, cedo, cerca de 11:00 horas da manhã, pois a hora marcada para chegarmos ao Via Funchal, fora a marca de 14:00 horas.
Claro, houve um esforço do produtor, Marcelo Francis, para que o cronograma funcionasse dentro do programado. Com poucos atrasos, a nossa comitiva esteve reunida no Overdrive Estúdio e com a presença do empresário, "R" em nossa comitiva.
O
sujeito teria enfim o seu grande teste, a nos mostrar toda a sua
mobilização como "road manager", ao lidar com todas as atribuições nesse
sentido.
No primeiro teste, "aparentemente" ele passou, pois responsabilizara-se pela contratação de uma van e esta chegou no horário combinado.
Eu cheguei ao Overdrive com vários jornais em mãos e contente com a constatação de haver notas e pequenas matérias em vários, com o nosso nome inserido, ainda que o destaque fosse para o Uriah Heep, naturalmente.
O meu
primo, Emmanuel, filmou essa concentração no Overdrive, a conter a partida na van,
chegada ao Via Funchal, camarim e boa parte do processo
de soundcheck. O show, infelizmente, ele não filmou quase nada, pois
fomos impedidos pelos seguranças da casa, mas isso eu conto depois.
O
empresário "R" fora uma incógnita, contudo. Falante, ele dizia estar
a planejar muitas realizações para nós, mas concretamente a falar, estava ali
conosco sem ter movido uma única palha para que estivéssemos no patamar
onde encontrávamo-nos naquele instante.
Éramos um produto com atributos, a fazer barulho na mídia, a caminho de abrir o show de um dinossauro mundialmente famoso e o sujeito demonstrava não entender o que isso representava, e sem nenhuma pretensão ou esnobismo de minha parte, não foi pouca coisa para que ele não percebesse o potencial.
Nessa van, levamos conosco, três roadies: Samuel Wagner, Daniel "Kid" Ribeiro e Emmanuel Barretto, este a ser o meu primo e film-maker oficial dos bastidores. Grace Lagôa, esposa do Xando, foi preparada para fotografar e como convidada, Lu Vitaliano, atriz & cantora, esposa do Rodrigo à época. Mais tarde, Elizabeth Scartezini, esposa do Ivan, compareceu também para se unir a nós no camarim, mas apenas como convidada, sem funções específicas para desempenhar na equipe.
Também estavam conosco, naturalmente, o empresário "R" e o motorista da van, cujo nome, esqueci. Lembro-me bem que momentos antes da partida, o indefectível, "R", quis fazer um lanche na padaria próxima ao estúdio, e através de uma conversa reservada comigo e Xando Zupo, ele expôs os seus planos.
Parecia fácil para ele, montar uma turnê e colocar-nos a atuar em um
circuito seguro de shows, com cachê valorizado, mas conforme eu contarei
logo mais, foram apenas bravatas de sua parte.
Por volta de 13:00 horas, a van estava carregada, com todo o nosso equipamento. Levamos o nosso equipamento de palco completo e instrumentos.
Eu levei dois baixos, o
Xando levou três guitarras e o Rodrigo, outras duas.
Fora o kit de
teclados e as peças fundamentais de bateria, pois o Ivan usaria uma carcaça
Luthier, de fabricação do baterista & empresário, Tibério Correa.
No percurso até o Via Funchal, fomos a conversar animadamente e tranquilos de que faríamos um grande show, mesmo por que tivemos a certeza de que teríamos um som de PA de alto nível, visto que o nosso técnico e produtor de estúdio, Renato Carneiro, estaria presente no show, para operá-lo.
Chegamos no Via Funchal, alguns minutos antes do horário combinado.
Continua...
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