terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 29 - Por Luiz Domingues

Após essa data no Magnólia Villa Bar, logo no início de 2014 (e onde surgiu a proposta de se criar a MBB), o próximo compromisso foi no The Pub, da Rua Augusta, em 7 de fevereiro de 2014, uma sexta-feira.

Essa foi a segunda ocasião em que tocamos no The Pub, com o formato Power-Trio, e devo contar que nessa altura, eu estava plenamente acostumado com o repertório, e entrosado com a banda.
Demorei para alcançar esse grau de segurança, pois a tal da atitude jazzística de subir ao palco e tocar um repertório enorme sem ensaios prévios, não combina com a minha personalidade, certamente.

Eu nunca me preparei para ser músico da noite e "pau para toda a obra", pois todo o meu investimento de carreira se deu no sentido de ser um artista autoral, portanto, só a tocar o que eu mesmo criava, por anos a fio, e assim, não detinha nenhum traquejo para tocar covers pela noite, ou acompanhar cantores.

Forçosamente, fui a adaptar-me ao modus operandi d'Os Kurandeiros e dessa forma, só mesmo ao final de 2013, percebi que estava seguro para tocar com uma banda sem set list, onde nem o tom da próxima música era anunciado previamente, e tudo era caçado no ar, na base do improviso total.

Fazer isso em uma música, uma vez na vida, não tinha nada demais, mas tocar repertório de três a quatro horas na noite, nessa base, não foi fácil para mim que não estava acostumado, mas finalmente estava a me sentir seguro nesse formato.

Apesar de ter sido uma noite quente de verão tórrido em São Paulo, o The Pub não lotou como de costume, e dessa forma, apenas cinquenta pessoas nos assistiram nessa noite de 7 de fevereiro de 2014. 

Um fato desagradável a relatar revelou-se em um acidente. Enquanto desmontávamos o palco, uma das guitarras do Kim sofreu uma queda de seu cavalete e isso produziu um machucado feio na junção do braço com o headstock do instrumento.

Ao se tratar de uma Gibson Les Paul, claro que todos ficaram apreensivos, pois nesse instrumento em específico, quedas assim podem até arruinar o instrumento, sem chance de reparo em um Luthier, por conta de particularidades muito específicas deles.
Por sorte, dias depois, o Kim nos comunicou que houve um final feliz, com exceção da conta bem salgada que contraiu na luthieria.

Com isso, o nosso próximo compromisso com Os Kurandeiros, dar-se-ia apenas em abril, através de uma casa nova e bastante surpreendente por vários aspectos...
Continua...

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