Apesar de ter sido um material composto e arranjado às pressas, as canções que formam o "Missão na Área 13", são muito bonitas, e dignificam o trabalho de uma forma muito contundente.
Creio que mesmo em meio a uma situação de pressa e com o astral entre os componentes em franco processo de deterioração pelo desgaste natural que uma banda com cinco anos de atividades apresentava, a parte artística não só manteve o nível dos trabalhos anteriores, mas creio que superou-os em muitos aspectos.
A despeito de achar o álbum anterior, ".ComPacto", muito bom, acho que "Missão na Área 13" o superou e chegou ao patamar do penúltimo, "Chronophagia".
Portanto, ao atingir tal grau de excelência artística, o "Missão na Área 13" surpreende pelo fator da absoluta pressa com o qual foi concebido.
Sinto-me constrangido em falar, mas a despeito de estar a faltar com a ética e a modéstia, um fator não pode deixar de ser observado: o talento de Rodrigo e Marcelo como compositores, era/é, absurdo. Tanto quanto ambos são monstruosos na capacidade de dominar vários instrumentos, era (é) também o seu talento para compor, arranjar e igualmente para escreverem letras.
Portanto, artistas completos que são, executam todas as funções da criação e performance musical com um grau de excelência inacreditável, e isso explica a razão pela qual a toque de caixa, um repertório inteiro foi tirado de uma cartola de mágico e sob um espaço de tempo exíguo e pasmem, a se configurar de um apanhado de canções sensacionais e multifacetadas, bem ao estilo da proposta do CD Chronophagia, onde as nossas influências musicais calcadas em inúmeros aspectos de um enorme leque aberto, explodiram no disco. Falo sobre as canções, agora...
Continua...
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