Claro que aceitamos de pronto a honraria de prestigiar a cerimônia e festa, mas logo surgiu uma ideia ainda melhor, quando aventou-se a ideia de tocarmos na festa, a animá-la. Seria uma apresentação d'Os Kurandeiros, nos moldes das apresentações normais em casas noturnas, sendo mais "soft" em sua elaboração de set list, e com outra providencia importante, uma amenização sonora ao se optar pelo não uso de guitarra e bateria.
A ideia seria o Kim conduzir a execução ao violão, Carlinhos a comandar o "Cajon", um instrumento extremamente simples de percussão, que simula a batida básica de bumbo e caixa de bateria, ainda que rudimentar e sem pressão sonora igual à de uma bateria tradicional, e somente eu a trabalhar amplificado, a tocar baixo normalmente, mas com a ressalva de que sob um volume muito aquém do normal, para mixar-me e adequar-me aos demais.
Em relação ao set list, como eu já salientei, o Kim elaborou uma lista de baladas para predominar, além de blues rústicos, de raiz.
Eu poderia detalhar mais esse evento no capítulo específico sobre Ciro & Nudes, obviamente, mas com o caráter que ganhou, foi natural que o compute como uma apresentação d'Os Kurandeiros, e daí a estar a mencioná-lo aqui.
Ocorreu no dia 26 de junho de 2014, em uma casa de eventos muito grande e com decoração muito surpreendente, ao se parecer um ambiente exótico de um país asiático, chamada: "Chácara Santa Cecília".
Mas apesar do nome e das instalações que eram enormes e realmente remetiam à uma chácara, de tão silvestre que era decorada, estava encravada em um ambiente urbano, em pleno bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
A atriz Grace Gianoukas (entre Isabela e Ciro), esteve a prestigiar o evento, amiga do Ciro e do Kim, ainda mais de longa data. Lara Pap, esposa do Kim, também na foto
Cerca de trinta pessoas foram embaladas pelo som que fizemos e só houve um registro desagradável.
Em um determinado momento da festa, um senhor completamente
mal-educado e despreparado para a gerência de uma casa desse porte,
abordou-nos com extrema rudeza, a alegar que o volume com o qual
tocávamos estava "altíssimo" e que exigia que parássemos imediatamente.
Tirante as palavras rudes, a abordagem inicial fora extremamente deselegante,
com o energúmeno "a cutucar" as costas do Carlinhos Machado, na utilização de um objeto pontiagudo. Isso por si só foi de uma deselegância
atroz, nos causar espécie, justamente por tal comportamento agressivo
vir da parte de um suposto gerente. Um sujeito desqualificado como
esse, não serve nem para uma tarefa subalterna, quanto mais exercer
comando em algum estabelecimento que lida diretamente com o público.
Em contraponto, um dos garçons, portanto "inferior" na
hierarquia da casa, e à esta besta mencionada acima, foi extremamente
simpático e solícito para conosco, desde o período da tarde, quando chegamos
para arrumar o som onde tocaríamos. Excepcionalmente educado, ajudou-nos o
tempo todo e cativou-nos por sua simpatia e companheirismo solidário.
Antonia, filha de Ciro & Isabela, e que não só prestigiou o casamento de seus pais, como apreciou a nossa trilha sonora ao vivo!
E
convenhamos, se estivéssemos a tocar com a nossa formação de Power-Trio
normal no formato Rock, ainda vá lá que reclamassem do excesso sonoro,
mas com um violão amplificado levemente, sem uso de drive, Cajon no
lugar de uma bateria tradicional e um baixo plugado em um amplificador com apenas 35 Watts de potência, e
a ser usado no volume "3", que barulho "ensurdecedor" poderíamos estar a fazer?
Bem,
o importante foi que a festa se provou muito bonita, e esse aborrecimento ocorreu no
fim mesmo do evento, e assim, no cômputo geral, foi muito positivo tocar na
cerimônia do casal amigo, e colega do Nudes, a nossa banda em paralelo.
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