Com o tempo, a música ganhou uma parte "C", sugerida em ensaio por eu mesmo, Luiz. Na hora, ocorreu-me a ideia de quebrar o swing funkeado, com uma intervenção Prog-Rock radical.
Aquela parte "C", portanto, é
muito no estilo do "Greenslade", uma obscura banda Prog-Rock britânica e
setentista, cujo trabalho eu sou fã.
Quando a fechamos e passamos
a ensaiar para a gravação, o Ivan logo notou que essa parte "C", apesar
de ter sido inspirada no Prog-Rock setentista, tinha também um ritmo
que lembrava muito o baião nordestino.
E não deu outra... quando a gravamos, no penúltimo módulo da Parte "C", em sua ronda final, colocamos zabumba, triângulo e acordeon, a lhe dar feição mesmo de baião nordestino.
Assim como em "Me Chama na Hora", do primeiro disco, em que colocamos uma batucada brasileira de escola de samba a interagir com um riff de Hard-Rock, desta feita colocamos o famoso "power-trio" nordestino a interagir conosco.
Desta feita, porém, não chamamos convidados. O Ivan gravou a percussão típica e o Rodrigo fez a intervenção no acordeon.
O
boato sessentista (alô, Carlos Imperial!), de que Luiz Gonzaga teria uma versão de "Asa Branca"
gravada pelos Beatles, não passava de uma armação para criar celeuma.
Aliás, leia minha matéria a comentar sobre esse boato, em meu blog 1:
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/search?q=Beatles+e+Luiz+Gonzaga.
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