Em bares e casas noturnas em geral, se as condições já são inóspitas, o que dizer de uma lanchonete estilo "McDonald's", com a possível presença de um público nada interessado em ter uma banda de Rock & Blues a atrapalhar a digestão de sanduíches maiores que a bocada de jacarés, e besuntados de catchup e mostarda?
Fora isso, eu já imaginava o constrangimento de ter que aturar um gerente pouco amigável, a insistir aos gritos para abaixarmos o volume etc. Todavia, tudo revelou-se surpreendentemente ao contrário, quando nos apresentamos no "Melts", em 17 de abril de 2014. Com um palco digno, mediante até uma estrutura de iluminação que muita casa altiva por aí não possui, tocamos de maneira muito confortável.
O público que pareceu surpreso sob um primeiro momento, tratou-nos não como atração lounge e despercebida, mas a prestar atenção, como em um show regular e a aplaudir, assoviar e interagir com as provocações bem humoradas do Kim Kehl.
Todos os funcionários da casa, do gerente ao mais humilde faxineiro, foram de uma gentileza ímpar no seu trato para conosco, motivo até que nos causou estranheza. No ambiente da "noite", não é usual tratar bem os músicos, nem mesmo os famosos, quanto mais nós, que passamos a maior parte das nossas respectivas carreiras, no limbo do underground...
Ficamos amigos das garçonetes, do chef da cozinha, do rapaz do caixa, do simpaticíssimo porteiro & segurança da casa, e do chapeiro, que também fazia as vezes de técnico de som (o rapaz era baterista, também).
Bem
montada, com aquele clima de lanchonete norte-americana, mantinha um certo ar
Rock'n' Roll, pois exibia vídeos de bandas de Rock nas várias TV's
espalhadas pelas paredes. Creedence Clearwater Revival, AC/DC e outros artistas foram
exibidos em TV's gigantes de LED, emolduradas como quadros pelas paredes.
Continua...
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