terça-feira, 9 de junho de 2015

Autobiografia na Música - Pitbulls on Crack - Capítulo 98 - Por Luiz Domingues

Sobre a nota publicada em jornal, acima, não posso deixar de comentar... em qual release o jornalista baseou-se para afirmar que o fundador de nossa banda foi Gastão Moreira?  Absolutamente insólito... 

O próximo compromisso seria em um bar pequeno, e de certa forma a retroagir um pouco à atmosfera do começo da banda, em 1992. Mas houve uma diferença, gritante: o que era normal e estimulante naquela fase primordial de nossa banda, neste novo instante, soou como algo decadente.

Entrevista concedida ao jornalista, Régis Tadeu, para a Revista "Cover Guitarra", no início de 1997

Uma ação foi tocar em diversas casas mal ajambradas, bem no início das nossas atividades, sem disco, vídeoclip e portfólio... e muito diferente foi estar de novo a tocar em uma casa pequena, depois de tantas oportunidades perdidas e diante de um reduzido público. Reduzido é um conceito relativo, pois nessa noite de 12 de abril de 1997, cerca de cem pessoas estiveram presentes no Black Jack Bar. Para os padrões daquela pequena casa, localizada no Brooklin, zona sul de São Paulo, foi na verdade, um bom público. Todavia, nessa altura dos acontecimentos para o Pitbulls on Crack, não representou nenhum alento.

O dado positivo desse evento, foi a presença de duas bandas de alunos meus, na abertura. O "Eternal Diamonds", do meu aluno Alexandre "Leco" Peres Rodrigues; Rodrigo Hid e Fernando Minchillo, com o seu som que mesclava a psicodelia sessentista; toques de Prog-Rock setentista, e uma dose generosa de Heavy-Metal noventista. E o "Essex", banda do meu aluno, Ricardo Schevano, com o seu irmão Marcello, e também com Toni Peres Rodrigues (irmão do Alexandre, meu aluno, do Eternal Diamonds), e Marcelo Burani, sobrinho do baterista Diógenes Burani, ex-baterista da Gal Costa e do Moto Perpétuo, banda onde Guilherme Arantes foi tecladista). O Essex era bem Heavy-Metal, mesmo, apesar do meu aluno Ricardo, e o seu irmão Marcello, gostarem bastante de sonoridades 1960 & 1970, também.

Não nego, muito do sucesso desse evento, veio do esforço conjunto e decorrente da presença das bandas de meus alunos, e do meu "exército Neo-Hippie" a prestigiar a noitada, naturalmente. 

O Pitbulls on Crack tocou relaxado, como sempre, sem reclamações sobre o momento que atravessava, aliás, como fora a praxe dessa banda em seus bastidores. Animou-nos um fato extraordinário que estava fechado, e lembrava muito o começo da banda, mas por um outro aspecto: oportunidades oriundas dos contatos do baterista, Juan Pastor, graças à sua posição dentro da Rádio 89 FM. Estávamos escalados para participar de um evento de médio para grande porte, com o apoio daquela estação radiofônica. Portanto, lembrou bastante o período 1992-1994, quando tivemos muitas chances dessa monta.


Continua...

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