Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
sábado, 6 de junho de 2015
Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 52 - Por Luiz Domingues
Ídolo de meus alunos desde 1992, o Dr. Nelson Maia Netto, também conhecido como: "professor", tomou uma iniciativa estimulante, ao criar um fanzine de Rock, com ótimos textos de sua autoria e um boa diagramação, dentro dos parâmetros do universo dos fanzines, bem entendido. Foi em outro aspecto, o fim de uma Era, mas ainda cabia esse tipo de manifestação de cunho underground, com publicações marginais e xerocadas em preto e branco. Geralmente fanzines dessa natureza versavam sobre o universo do Punk Rock ou vertentes radicais de Heavy-Metal, mas a proposta do Nelson foi criar uma publicação versada pelo Rock clássico, com pitadas de fatores modernos, também.
Claro, com o seu nível intelectual avantajado, ficara óbvio que a qualidade do texto seria boa. E o título ficara pomposo, como se poder-se-ia esperar dele, que era advogado e abusava do uso de palavras refinadas no seu linguajar cotidiano, incluso com citações em latim, como bom jurista que o era.
Dessa maneira, a publicação chamou-se: "In Rock Signo Vinces" (um trocadilho com a expressão latina:"In Hoc Signo Vinces", que sob uma tradução livre significa: "Por este sinal, conquistarás").
Então, Nelson convidou-me a participar como colaborador, e deu-me a missão de preparar uma resenha sobre o mais recente álbum do Deep Purple, lançado à época, e tratava-se de: "The Battle Rages on", a sair do forno naquele ano de 1994. Foi uma missão dolorosa, pois eu sempre tive a opinião de que a volta do Deep Purple nos anos oitenta houvera sido um fiasco desde o início, e a cada novo álbum, a decepção só aumentara em minha percepção.
Com carta branca para expressar a minha opinião, ouvi o disco com cuidado, para não ser preconceituoso ou injusto, mas salvo uma ou outra pequenina virtude, só enxerguei aspectos negativos nessa obra.
Mesmo por ser um fanzine xerocado, como muitos que circulavam principalmente pelas lojas da Galeria do Rock, o Nelson caprichou nos seus esforços, e ele repercutiu além das expectativas. Tanto que tomei conhecimento de algumas reações acaloradas de certas pessoas, sobre a minha crítica mais dura sobre o disco do Deep Purple...
Continua...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário