Sobre a apresentação em si, creio ter sido digna, apesar da sonoridade ultra leve, com um
violão, baixo e o Ivan a tocar percussão com um limitado
"cajon".
A parte boa foi a confraternização total com os amigos
do Língua de Trapo, alguns dos quais eu não via há muito tempo. Conversei
longamente com o Laert, oportunidade que não tive há anos e ele não sabia que o Pedra
havia anunciado o final de suas atividades. Ele ficou bastante chateado, pois reafirmou o
seu apreço pelo nosso trabalho.
Na primeira
foto: Laert Sarrumor & Serginho Gama na apresentação dos "Três do
Língua", na segunda, "Os Três do Pedra", digamos assim e na terceira,
Laert a participar da nossa singela apresentação. Melograno Bar, 25 de
abril de 2011. Fotos de Sandra Lozano
Por coincidência, a noitada seria tripla e a terceira atração, além dos "Três do Língua” e os "Três do Pedra", foi o "Cracker Blues", uma banda amiga do Pedra e cujo baixista, Paulo Krüeger, era também velho conhecido do Laert e meu, portanto, tudo ali caracterizou-se como uma ação entre amigos.
Por coincidência, a noitada seria tripla e a terceira atração, além dos "Três do Língua” e os "Três do Pedra", foi o "Cracker Blues", uma banda amiga do Pedra e cujo baixista, Paulo Krüeger, era também velho conhecido do Laert e meu, portanto, tudo ali caracterizou-se como uma ação entre amigos.
O show do Língua de Trapo, versão
"pocket", foi ótimo, com várias músicas tradicionais do repertório
dessa banda, além de uma espetacular apresentação de Serginho e Cacá como duo,
a interpretarem vários clássicos do Rock setentista, em arranjos muito bem
elaborados para violões.
Foi surpreendente e muito agradável ouvir “Focus”, “Yes”
e “Deep Purple”, entre outros nomes, com arranjos ousados e muito bem tocados,
os quais apreciei muito, certamente.
O “Cracker Blues” também fez a sua apresentação no formato pocket e no espaço do
Melograno, teria sido realmente inviável se pensar em uma apresentação elétrica
tradicional. Mas foi bem agradável também nesse formato, ao soar mais "Blues
Roots" do que o show tradicional deles, com eletricidade e sabor de Southern
Rock.
"Os Três do
Pedra" e na última foto, com Laert Sarrumor e o percussionista do
Língua de Trapo, Marcos Martins, como reforços na performance do combalido Pedra. Melograno
Bar, 25 de abril de 2011. Foto : Sandra Lozada
Sobre a
nossa apresentação, eu já disse, foi digna, a arrancar aplausos. Com
o Rodrigo
a conduzir o violão e cantar, mesmo sozinho, nunca existe a
possibilidade de
uma apresentação ser ruim, mesmo quando ele o faz sozinho, na base do violão
& voz
pelos bares da noite.
E mesmo limitado por um instrumento arcaico, o
Ivan
também tem muita criatividade para dar um sabor a mais com um um "cajon".
Acho
que o correto teria sido o nosso grupo ter estado ali completo a participar, mas não foi possível forçar,
visto que um membro ausente mostrou-se desmotivado a atuar. Eu respeitei isso, mas
lamentei,
obviamente, pois acredito que não custava ter fechado a história da banda com o
quarteto em
ação.
"Só", apresentada ao vivo no
último show do Pedra, em 2011, no Bar Melograno.
https://www.youtube.com/watch?v=aC34IbKU_pE
Fotos da
confraternização final no Melograno Bar em 25 de abril de 2011, com
tantos amigos presentes e no meu caso, com muitas conexões de trabalhos
que fiz na minha carreira. Na primeira foto, da esquerda para a
direita, os quatro primeiros a relembrarem a formação do Língua de Trapo
entre 1983/1984: Paulo Elias Zaidan, Eu (Luiz Domingues), Serginho Gama e
Laert Sarrumor. Na segunda foto, componentes do Pedra + Língua de Trapo
+Cracker Blues; na terceira foto, Paulinho Elias Zaidan e eu (Luiz
Domingues), companheiros do Língua de Trapo entre 1983 e 1984. Na última,
Luiz Domingues em destaque, em um momento de descontração nessa noitada.
Fotos: Sandra Lozada
E assim foi a última apresentação do Pedra, na noite de 25 de abril de 2010,
com cerca de cinquenta pessoas presentes no Melograno Bar.
Nessa altura, eu já
estava a receber propostas de trabalho e iniciado uma nova etapa paralela da
minha vida, ao ter aceitado o convite de um blog para escrever matérias para ele,
e assim a me tornar o seu colunista fixo.
Foto promocional do Pedra em 2006. Click de Grace Lagôa
Portanto, neste ponto, eu preciso fazer uma
explicação ao leitor da minha autobiografia:
Encerrada a minha história com o Pedra neste capítulo (a falar sobre a última
atividade oficial da banda) e para seguir o padrão que eu estabeleci nos capítulos
a falar de outras bandas pelas quais eu atuei, eu deveria escrever agora uma análise
final sobre o trabalho, seguida de uma longa ficha de agradecimentos aos companheiros
dessa jornada em específico e das pessoas que gravitaram em sua órbita.
Contudo, o Pedra teve uma sobrevida e para fugir ao padrão de outras bandas das quais eu fui componente, a banda voltou às atividades em 2012, a gerar mais uma etapa a ser
descrita.
Assim que o Pedra encerrou sua primeira fase em 2011, a minha vida
seguiu com outras possibilidades, ainda nesse mesmo ano. Poucos meses depois,
eu estaria em duas outras bandas (e a partir de 2014, ao ter mais uma,
para totalizar três), e assim a gerar novas histórias e capítulos específicos.
Portanto,
para o leitor não ficar confuso e perder-se, eu lhe ofereço duas alternativas para seguir
a leitura, visto que logo após o fim do Pedra eu iniciei novas etapas na minha
carreira e quando o Pedra voltou às atividades, desta feita eu mantive os
trabalhos novos, portanto, a volta do Pedra transcorreu em paralelo com a
história de Kim Kehl & Os Kurandeiros, Ciro Pessoa & Nu Descendo a
Escada e Magnólia Blues Band, além das minhas atividades literárias.
Sendo assim, daqui em
diante, o leitor pode optar em continuar a ler deste ponto em específico,
direto para a história da minha entrada n'Os Kurandeiros em agosto de 2011, mas
a se considerar que existe nesse capítulo um longo preâmbulo, a descrever o
período de hiato entre o fim do Pedra e a entrada nessa outra banda, na qual eu descrevo os convites que recebi para outros trabalhos e o início de minha
atividade como escritor,; blogueiro e colaborador/colunista de Blogs e revistas
impressas.
E a outra opção é continuar a ler normalmente os capítulos que
descrevem a "volta" do Pedra em 2012, e seguir esta história em específico.
Seja
qual for a sua escolha, amigo leitor, estou honrado com a sua atenção e
participação. Para efeito didático e cronológico, aqui encerra-se a história da minha
participação na primeira fase da carreira do Pedra.
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