Palavra enorme, evocando sempre outros e nobres sentimentos,
meio sinônimo da pequena doar, com abrangência mais ampla por trazer à
superfície uma forma de servir mais abnegada, talvez até mais bondosa...e, quem
sabe por isso, acaba recebendo um formato mais bem definido, estabelecido, de
doação.
Não é mesmo assim ?!...Algo associado a carências extremas, mais básicas
como alimento e/ou até a proteção que um lar ofereça.
Sentimento que deveria vir acompanhado de cuidados em seu
exercer, onde perguntamos se não poderia ser também utilizado em circunstâncias
menos básicas e mais subjetivas, re significando caridade !
Essa maneira de atender ao próximo, dessa certa dose de
empatia solidária à dificuldade de outrem, imaginamos e até gostaríamos,
devesse, ser levados a muitas e outras situações.
Triste é ainda viver num
mundo onde necessidades primordiais não são supridas naturalmente, fruto do
trabalho, que além de dignificar, tragam habilidades únicas de cada qual para
as trocas na convivência, estimulando o melhor de nós.
Ousamos pensar que
talvez aconteçam pela nossa insensibilidade de uns para com outros.
Será que, se fôssemos seres humanos, mais atentos ao nosso
próximo, chegaríamos a minimizar, eliminar essas carências básicas ?!
Pensamos
que, provavelmente sim !
Então, ousamos mais ainda, dizendo que aqueles que
suprem as necessidades fundamentais, nesse exercer caridoso, atentassem,
acordassem para mais subjetivas e reais maneiras de suprir...mas, para isso,
tais trabalhos deveriam ser inicialmente satisfeitos, entendidos em si.
Sim !!!
Essa percepção do outro cobraria olhar isento, equânime, capaz de perceber e
sentir emoções que, por serem camufladas, são geradoras de engano e ilusão, de
ter além necessário, promotoras de disputas desleais, falta de cooperação na
completa incapacidade do contexto e da vida num sentido maior, onde doamos o
que queremos e não o que nos está sendo pedido, abastecendo uma cadeia de
falsas soluções porque não estamos bem interpretando nem as nossas verdadeiras
carências e, menos ainda as de quem, bondosa e supostamente, intentamos em
ajudar.
Primordial, quem sabe fosse, aqueles que com alguma sensibilidade
servem, pessoal ou coletivamente, política ou em qualquer forma de sacerdócio
religioso/profissional, fossem caridosos com aqueles que com menos percepção
intentam em ajudar e aí sim, de forma mais ampla e mais humana, cuidadosos,
mais sábios no atender, e, de verdade, minimizando insensibilidades generalizadas
e escondidas, por isso mesmo permitidas debaixo dessa subliminar ‘caridade’,
que erroneamente, pode ser preservadora de carências.
Aumentadas as escutas entre nós, um a um, caso a caso, grupo
a grupo, diminuíssemos diferenças, aumentássemos os pontos de contato,
favorecendo as trocas, doações espontâneas, desde atenção, tempo, conhecimento,
carinho e oportunidades propiciadores ou não de bens (esse definitivamente não
pode ser o centro de atenção !), mas, essencialmente de satisfação e alegria,
desfazendo exposições de quem dá e quem recebe num pleno exercitar natural, sem
barganhas de coisas, gestos, e nem ainda sentimentos sub-reptícios, onde tais
conquistas tirassem cada qual de sua carência, aquela que propicia o tirar da
dor que impede, mata e rouba o espaço de outros e alheios sentires que nos
fazem melhores uns com outros !
Então, quebrando egocentrismos dos mais primitivos
(agressão/defesa) cresceríamos em irmandade, começando a entender fraternidade,
desfazendo privilégios, vícios, corrupção, num estar na vida de maneira mais
adulta, conscientes e participes dos processos coletivos como iguais, sendo
únicos ! Exercício pleno da habilidade florescida!
Paciência !!!
Estamos a caminho...Somos Um, somos OM !
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2.
Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta reflexão, aborda o tema da caridade, uma questão complexa e que geralmente leva as pessoas à uma interpretação simplista, mas que Telma trata de dar maior profundidade, desvelando outras camadas mais profundas sobre o assunto.
Ótimo!
ResponderExcluirGratidão por ter lido e comentado Kim!
ExcluirParabéns pelo texto e pertinente nos dias de hoje, onde infelizmente o individual se tornou mais importante que o coletivo...Um simples sorriso, bom dia ou tratar o outro com respeito e empatia já seriam grandes evoluções...
ResponderExcluirEvolução e revolução é atentar p o individual mas da premissa da individualidade divina que usando a individualidade humana serve a si e ao coletivo com uma nova consciência de contexto pessoal e humanitário. Como disse, estamos a caminho, acordando...Abraço aí e na mas tê!
ExcluirParabéns pelo texto e pertinente nos dias de hoje, onde infelizmente o individual se tornou mais importante que o coletivo...Um simples sorriso, bom dia ou tratar o outro com respeito e empatia já seriam grandes evoluções...
ResponderExcluirQue assim seja, estamos a caminho.
ResponderExcluirMaravilha Telma, que o ser humano veja mais o coletivo, com atenção e amor!
Estamos sim a caminho, aprendendo pela dor infelizmente! Já sabemos hoje que não somos ilhas e o que fazemos, quer saibamos ou não, individual e coletivamente reverbera.
ExcluirAprendendo a amar a si, ao próximo bem próximo e ao próximo nem tão próximo...recebendo e refletindo! Abrindo novos espaços dentro e fora de nós num novo respirar, permeabilidade, trocar!
Assim seja!!!
Abraço ai
Que assim seja, estamos a caminho.
ResponderExcluirMaravilha Telma, que o ser humano veja mais o coletivo, com atenção e amor!
Muito bom.Que a nossa consciencia seja desperta para a real caridade,sermos apenas sensiveis a necessidade do outro.
ExcluirQue Deus nos capacite a doar o que realmente necessita nossos irmaos.Que estejamos abertos a nos doarmos de fato.Cristo sempre ensinou a caridade na forma de perdao aceitaçao amor sem preconceitos.Isso e muito mais coisas fazem parte em ser e ter caridade .Chegaremos la,com certeza.
ResponderExcluirQue Deus nos capacite a doar o que realmente necessita nossos irmaos.Que estejamos abertos a nos doarmos de fato.Cristo sempre ensinou a caridade na forma de perdao aceitaçao amor sem preconceitos.Isso e muito mais coisas fazem parte em ser e ter caridade .Chegaremos la,com certeza.
ResponderExcluirEstamos devagar capacitando-nos...paciência! O tempo é o professor necessário para as conscientizacoes, transformações que nos habilitarao.
ExcluirNa mas tê!!!
Telma obrigada pelo texto. Um 2016 iluminado com águas constantes e calmas para você e seu pai..Namastê..
ResponderExcluirGratidão Adriana pela leitura e votos!
ExcluirAbraço caloroso também a vc e Costi para esse ano novo!_/\_
Telma, muito obrigado por nos despertar para esta consciência da caridade, do servir de modo impessoal.
ResponderExcluirParabéns pelo seu discernimento e sensibilidade!
Um exercício continuado para aprender esse servir impessoal...mas, vamos no passo a passo. Não desistindo de nós, não desistimos também de nosso compromisso com o próximo, com o coletivo! Estaremos eternamente servindo e sendo servidos...enorme e infinita escalada! Que seja cada vez mais natural, num fluir...
ExcluirMuito interessante a forma de abordagem da caridade, a partir de uma reflexão sobre o Ego... Parabéns!
ResponderExcluirÉ menino...acho que todos já sabemos que a fome de alimentos seria facilmente resolvida, não é? No entanto continuamos desperdiçando comida em meio a muitos que morrem de fome?!...Então, estamos entendendo que precisamos mudar a mentalidade das pessoas, e isso, parece que tudo tem conspirado, quem sabe até planejadamemte, para esse acordar!
ExcluirSuper grata por seu comentário! Abraço aí e Na mas tê!