Passada a experiência do Teatro Olido, os nossos amigos do Tomada e do Massahara convenceram-nos a tocarmos em um show triplo, mais uma vez no Central Rock Bar, de Santo André-SP, no ABC Paulista.
Nada
contra a casa, pelo contrário, os seus proprietários eram simpáticos e a
ambientação se apresentava como Rocker. Mas já havíamos tocado ali anteriormente e tínhamos
convencido-nos de que não era conveniente levar o nosso show para uma casa
que não reunia condições melhores de som e iluminação, a prejudicar a nossa
execução e na nossa concepção, já havíamos chegado à conclusão de que
não valeria a pena tocarmos sob condições insalubres, onde as pessoas
receberiam mal a nossa música, prejudicada pelas condições técnicas
desfavoráveis.
No
pós-show, com os amigos. Da esquerda para a direita: Allan Ribeiro
(baixista do Massahara), Luiz Domingues, Marc Matherson (meu ex-aluno e
hoje em dia, 2016, baixista da banda de Próspero Albanese) e Ricardo
Schevano (também meu ex-aluno e baixista do Baranga e Carro Bomba).
Acervo de Marc Matherson
Contudo, sucumbimos à animação dos amigos e se houve um aspecto positivo para se apresentar nessa casa, certamente foi pela sua ambientação Rocker e
apesar
dos pesares, no show anterior houveram ali presentes cerca de duzentas pessoas na casa e ao relevar-se a
escuridão pela ausência de um sistema de iluminação adequado e o som ruim, demonstraram terem gostado.
Tudo bem, fomos então ao Central Rock Bar com os nossos amigos, na noite de 21 de agosto de 2009 e usamos do mesmo expediente, ou seja, não levamos teclados, ao pensar no palco com dimensões reduzidas e na falta de qualidade sonora disponível, ou seja, a simplificarmos, faríamos um set list só com músicas executadas com duas guitarras.
O Pedra
tinha essa versatilidade por deter esse dinamismo do Rodrigo tocar vários
instrumentos, portanto, havia a ala de músicas com duas guitarras e
também a dos teclados.
Dessa forma, ao enxergarmos pelo lado bom da praticidade, sim, tivemos essa possibilidade de fazermos shows otimizados. Todavia, o que pareceu ser uma vantagem, também passou a incomodar-nos internamente, pois a banda sentia-se incompleta se não mostrasse todo o seu potencial, por inteiro e esse passou a ser também um argumento contrário, isto é, cumprir shows em casas não preparadas integralmente.
Brincávamos entre nós, mas houve um fundo de verdade: fazer shows somente com as músicas com guitarras, representavam na prática, shows de 1/2 Pedra, ou seja, um subproduto de nós mesmos.
Enfim,
a nossa banda era sofisticada artisticamente ao ponto de termos
dificuldades de fazermo-nos entender bem sem haver condições mínimas de produção
de som e iluminação, no entanto, palcos melhores com infraestrutura à altura
dessa excelência musical não abriam-nos as suas portas, normalmente.
Pedra no Central Rock Bar em agosto de 2009.Acervo de Fabiano Cruz
Sobre o
show do dia 21 de agosto, houve uma agravante. Ao contrário do show
anterior no Central, meses antes, ao menos o público fora bom, com
duzentas pessoas presentes na casa, mas desta feita, o comparecimento baixo em uma noite
fria de inverno, desanimou-nos bastante.
Com apenas cinquenta pessoas
presentes, mais a questão do som ruim e a iluminação deficitária, foi a certeza de que no
decorrer da semana nós voltaríamos à inevitável "DR" em nossa próxima
reunião semanal e a gangorra voltaria à tona: tocar ou não em shows com
condições inadequadas?
Promo produzido nessa época, mesclando diversas imagens de shows passados, para a música: "Rock'n Não"
https://www.youtube.com/watch?v=r3782u2SXzk
Xando Zupo no destaque, a atuar com o Pedra no Central Rock Bar em agosto de 2009. Acervo de Fabiano Cruz
Leia a resenha sobre esse show, escrita pelo jornalista Fabiano Cruz, em seu Blog : Alquimia Rock Clube:
http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/782/
Hid & Zupo! Acervo de Fabiano Cruz
Mas a notícia boa ao final de agosto foi que estávamos organizar a gravação das novas músicas compostas, e entre elas, algumas que já faziam sucesso nos shows. E se tratou mais uma vez, de uma safra composta com ótimo material. Continua...
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