Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 5 de outubro de 2014
Autobiografia na Música - Sidharta - Capítulo 20 - Por Luiz Domingues
Nessa altura, já havíamos composto a música : "O Novo Sim", uma ideia minha que o Zé Luiz culminou em estabelecer parceria, ao escrever a sua letra. Essa música, lembrava demais o som do Peter Frampton, e também o Tutti-Frutti dos bons tempos. Como o Marcello já estava a melhorar muito o seu desempenho na flauta, resolvemos criar um arranjo final diferente, com uma parte adicional para ele fazer um novo solo de flauta. Ficou sensacional, e essa música culminou em entrar no repertório do CD Chronophagia, da Patrulha do Espaço.
Dessa forma, tornou-se algo inusitado que em um disco da Patrulha do Espaço, houvesse uma parceria com o Zé Luiz Dinola, visto que o membro original e condutor ativo daquela banda é o seu baterista. E nos shows da Patrulha do Espaço em que participaríamos no futuro, ela foi executada muitas vezes, e em algumas ocasiões, chegou a provocar uivos da plateia, ao ver o Marcello pular do piano para engatar um lindo solo de flauta, enquanto eu e o Rodrigo sustentávamos um Riff, bem no estilo do Jethro Tull. Uma vez, por exemplo, em um show da Patrulha do Espaço em 2002, realizado em uma cidade de Santa Catarina, chamada Concórdia, tivemos uma surpresa incrível do público com essa música, mas tal detalhe eu conto com minúcias no capítulo da Patrulha do Espaço, evidentemente. Claro que eu lembrei-me do Sidharta nesse momento, e do Zé Luiz Dinola. Recordei-me imediatamente daquelas prazerosas noites das terças, onde fazíamos músicas com tanta vibração positiva, e como ele ficaria orgulhoso em ter visto aquele montante de jovens a cantarolar a letra que ele escrevera em 1998.
Continuamos a criar, e agora já tínhamos também, "Terra de Mutantes", que lembrava demais o trabalho de Joe Cocker, da época do PL "Mad Dogs and the English Man". A letra, como já havia dito anteriormente, foi extraída de um poema composto pelo poeta, Julio Revoredo.
O Julio a trabalhar conosco, como nos velhos tempos d'A Chave do Sol, foi um reforço e tanto para o projeto. As suas letras complexas, ricas em imagens, sempre destoaram das letras comuns em geral que ouvíamos por aí. Eu tinha saudade em poder contar com ele, e estava feliz por ele ser colaborador desse novo projeto. E assim encerramos o primeiro semestre de 1998, com um trabalho já concreto em mãos, e novidades prestes a sair do forno.
Continua...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário