sábado, 18 de outubro de 2014

Equanimidade - Por Telma Jábali Barretto


Algumas coisas/pessoas naturalmente atraem, assim como algumas coisas/pessoas naturalmente empurram...


Como respondemos a isso?


Levados simplesmente, outras vezes numa cobrança interna para entender e processar porquês e, quem sabe aí, revendo posicionamentos arraigados, ou, ainda, em determinados assuntos e situações deliberadamente se omitindo, escapando, fugindo covardemente !


Qual nossa medida de equanimidade ?
Essa, que é, por si, uma palavra, mais que isso, conceito, de difícil uso, além e até de incomum exercício.


Que distância somos capazes de tomar de fatos, para exercer isso que nos impessoaliza, cobrando novos posicionamentos de a cada agora, conjugando no presente, num atento e comprometido olhar balizado pelo senso de justiça que intentaremos arbitrar.
Ah...dá muuuiito trabalho!


Pensar, analisar, ver com isenção é abdicar de certa e confortável inércia.
A conhecida "zona de conforto", o arrogante "‘já sei" que, mesmo escondendo, praticamos e mais, mesmo propagado como algo temerário, exercemos por comodidade, preguiça, "piloto automático", mesmice, segurança, normose ...e muitos outros sinônimos citaríamos porque, nisso de preservar, mantendo o conhecido, somos muitos criativos.


Por aí vamos, separando e juntando, quase que movidos mecanicamente : 


Freud explica, Darwin justifica, Deus pune ou salva, o karma se impõe, a culpa é do mordomo, sistema, governo...e, nessa água que leva, nesse fluxo que fazemos questão de ser parte, para simplesmente não ter que pensar, interferir e exercitar, a tão propalada e dita, como almejada, liberdade, que, aqui, ousamos questionar se de fato buscamos.


Sonhamos, isso sim, deliberada e urgentemente, achar a tribo, a fé, moda, time ou partido e, a salvaguarda oferecida aí, para abrigados e protegidos, juntos com nossos ‘iguais’, nos separar e discriminar orgulhosamente ! 
Fato...?!...Pensamos que sim!


Pensamos, quão desafiador será entender, aprender e funcionar com o olhar fresco, puro, virgem da perspectiva do espírito - sem tempo ou espaço, pessoal e solitário, do momento agora, de ter o direito absoluto e irrevogável de ser justo a partir da própria individualidade, que, aqui, assim exercida e maduramente conquistada, as demais individualidades saberá respeitar.


Sagra-se aí a autonomia. Sagrado aí será o existir e coexistir!!!


Na mas tê !



Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Sua formação acadêmica é de engenheira civil, mas é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

Nesta crônica, fala sobre a delicada questão da equanimidade, um exercício de postura ética que requer foco e equilíbrio.


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