Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 5 de outubro de 2014
Autobiografia na Música - Sidharta - Capítulo 18 - Por Luiz Domingues
Nessa altura, eu não tinha uma música predileta, apenas. Cada uma teve o seu encanto, mesmo as em que eu não tinha nenhuma participação como compositor ou letrista. Sentia pois, que cada música era um filho a nascer desse projeto tão bonito. Lembro-me que cada uma continha as suas particularidades e todas tiveram ligação com o espírito do projeto. Por exemplo, "Retomada" lembrava-me o Rock brasileiro dos anos setenta. Parecia-se demais com o som de bandas setentistas tais como : O Peso; Bixo da Seda, A Bolha...
"Céu Elétrico" mostrava-se como um folk sessentista / psicodélico e dessa forma, lembrava-me o som do Donovan; Procol Harum, Jethro Tull. "Nave Ave" era Traffic puro, com aquela linda introdução oriunda dos acordes que o Marcello criou, e ao seu final tornava-se épica, a parecer um Prog-Rock ao estilo do Focus.
Martha, my Dear, Don't forget me...
"Abstrato Concreto" e "Sr. Barisnky" assemelhavam-se à "canções Beatle". Podiam estar contidas nos LP's : Sgt° Peppers, ou White Album...
"Ser", por seu lado, tratou-se de uma paulada Hard, que remetera ao Grand Funk dos primeiros trabalhos, quando do seu mítico LP da "capa vermelha" e o posterior, Closer to Home...
"Tudo vai Mudar" e "Sistema Solar" seriam dois exemplares da escola do Southern Rock, na pegada do The Allman Brothers Band.
"Sonhos Siderais", sugeria-me o trabalho do King Crimson na sua primeira parte, e ao final da música, lembrava demais o trabalho do Yes. E assim por diante, cada referência dessas, elevavam a minha motivação e alegria por estar a retomar o meu plano primordial de carreira. E o que entusiasmara ainda mais, fora saber que os dois garotos vibravam nessa mesma sintonia, pois apesar de não ter vivido essa época, mantinham em seu âmago essa cultura toda, pois sabiam de onde vinham as ideias e apreciavam soar assim, além da questão da temática das letras, o visual que queríamos implantar, e a produção de estúdio onde queríamos seguir os passos de artistas da complexidade vintage nos anos noventa, como Black Crowes, Lenny Kravitz e outros, que esmeravam-se para ter essa sonoridade proposital em seus discos. E por falar em discos, nós já pensávamos nessa possibilidade em começar a gravar. Tanto foi assim, que marcamos para gravar uma demo ao vivo no estúdio de ensaio, para começarmos a analisar como as músicas estavam a soar nesses primeiros esforços empreendidos de nossa parte.
Continua...
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