Dessa forma, é claro que aceitamos a proposta. Como primeiro ponto, a ressaltar que o pessoal do "Velhas
Virgens" era cortês, principalmente na figura extrovertida de seu
vocalista, Paulão de Carvalho. Segundo, por tratar-se de um artista de
nossa gravadora, portanto, seria simpático estar a participar de um
lançamento do nosso próprio elenco.
Terceiro, por ser obviamente
uma oportunidade de mais uma apresentação em uma casa de shows de grande
nível, e claro que isso seria muito bacana. Mesmo sendo um show
de abertura, certamente com curta duração (no padrão de "show de
choque"), haveria de ser uma boa oportunidade de voltar a tocar em um grande palco,
com P.A. e iluminação de alto nível, e com a possibilidade de fotografar a banda
em um palco grande, muito bem equipado e iluminado.
O convívio
nos bastidores foi bastante amistoso, e no soundcheck, fomos bem tratados
pela equipe técnica. A camaradagem com o pessoal das "Velhas Virgens",
foi ótima, também.
Ao contrário do que experimentáramos dois
anos antes, ali nessa mesma casa, o clima desta fe3ita, foi ameno, sem tensões. E
claro, com tantos camarins disponíveis, ocupamos um deles só para nós, curiosamente o
mesmo que ocupáramos em 1994, só que nesta ocasião, sozinhos.
E através de um
passeio que eu fiz pelo enorme labirinto dos bastidores, achei uma saleta
onde havia duas enormes placas com o nome de todos os artistas que ali
apresentaram-se desde o início das atividades da casa. Fiquei orgulhoso
por ver o nome do Pitbulls on Crack, ali mencionado, junto a monstros do
Rock internacional; grandes astros da MPB, Blues, Soul, Jazz etc.
Fiquei
muito contente por ver o nosso nome em meio à nomes históricos da música, tais como:
"Deep Purple"; "Black
Sabbath", "Uriah Heep", "Peter Frampton", "Santana", "Nazareth",
"Emerson/Lake and Palmer", "Yes", "Jethro Tull", "James Brown"...
O nosso show foi tranquilo, sem problemas
técnicos e com uma performance descontraída, ao contrário daquele show
de 1994, quando ficamos no fogo cruzado de um público hostil e de
motivações opostas entre si (um terço ali era entusiasta do Heavy-Metal
melódico do Angra; outra fatia, gostava do Hard-Rock virtuose do Dr. Sin,
e a parcela restante, admirava o som pobre e apelativo daquela última atração da noite em questão.
Desta
vez, foi o dia 30 de outubro de 1996, e cerca de quinhentas pessoas
compareceram ao show.
Foi um público pequeno ao se considerar a
grandeza da casa, porém, a revelar-se bastante gente, se levarmos em conta que
tratava-se de uma quarta-feira, e o "Velhas Virgens", apesar de estar na
estrada há tempos, já naquela época, era na verdade uma banda que estava
acostumada a tocar no circuito de bares e pubs, e mesmo a lotar costumeiramente tais
casas, daí a atrair um grande público para uma casa como o
Olympia, houve uma grande diferença.
No entanto, computamos que foi tudo
ótimo e agradecemos a oportunidade ofertada pelo Paulão de Carvalho, vocalista dos "Velhas
Virgens" e da parte da cúpula da gravadora Primal-Velas. O próximo passo, seria o show de lançamento do nosso CD "Lift Off"...
Todas as fotos de camarim, e ao vivo desse show no Olympia, são clicks de Marcelo Rossi
Continua
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
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