sábado, 6 de junho de 2015

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 47 - Por Luiz Domingues

                  Edilberto Postól, em foto bem mais recente

Foi mais ou menos em agosto de 1993, que um novo patrono de todos os outros garotos. Por ser adulto, destoava da maioria adolescente, e como se tratava de um rapaz extremamente brincalhão e a revelar um ótimo astral, rapidamente se tornou referência para a garotada. Chamava-se: Edilberto Postól, vulgo "Edil". 

Ele era (é) um cientista, que trabalhava naquela época, em pesquisas avançadas com micro-organismos para um laboratório alemão, que mantinha convênio com o Hospital do Câncer, e cuja sede era localizada muito próxima da minha residência, nessa época. Nos dias atuais, Edil está no laboratório de pesquisas do Instituto do Coração (InCor). Daí, frequentar as aulas tornou-se por anos, o seu momento pessoal de lazer, pois era (é) um fanático pelo Rock; colecionador de discos, e a apresentar uma vasta cultura no assunto. 
Foto de 1996, com a confraternização de alguns alunos das quintas. Da esquerda para a direita: Marcello Schevano, Cali Keller, eu (Luiz Domingues), Edil Postól, Marilu Postól e Ricardo Schevano 

As suas brincadeiras sempre deixavam o ambiente mais leve, e rapidamente, ele tornou-se adorado pela garotada com a qual estabeleceu uma sólida amizade, ao ponto desses garotos  frequentarem a sua casa, para noitadas de Rock em meio à imensa coleção de discos e vídeos que ele possuía.

Também palmeirense, culminou por fazer amizade com a "minha turma de estádio", e fomos muitas vezes ver jogos do Palmeiras, inclusive finais de campeonatos, onde ele costumava levar o seu filho, então com sete anos de idade. A sua esposa também tornou-se muito nossa amiga, e de tinha um astral muito bom, igualmente. Tratava-se de Marilu Postól, uma pessoa que sempre cativou pela sua simpatia, a todos nós. 

"As jovens tardes de quinta", sempre animadíssimas... nesta foto de 1996, da esquerda para a direita: eu, Luiz Domingues; Edil Postól e Marcello Schevano

Com o Edil, fomos também a inúmeros shows de Rock, sobretudo dos "Dinossauros" setentistas, fator que se tornou uma rotina nos anos noventa, no Brasil.

Recentemente (refiro-me na verdade ao final de 2012), ele esteve presente em um show do Pedra, onde o Tomada também tocou e assim, muitos egressos da minha sala de aulas de 1993, puderam reunir-se para uma agradável noitada de Rock'n' Roll e muitas lembranças expressas nas agradáveis rodas formadas no ambiente da casa noturna onde houve o show.


E como mais um adendo (ainda mais recentemente, 2014), Edil e Marilu foram assistir-me a tocar com Kim Kehl & Os Kurandeiros, na Casa Amarela, um estabelecimento noturno que abria as suas portas para o Rock e o Blues, na cidade de Osasco, na Grande São Paulo.

Tremendo personagem cativante, tornou-se um amigo querido, assim como a sua esposa e a filha (Andréa Postól), com as quais interajo nas redes sociais da internet, também, nos dias atuais.

Continua... 

2 comentários:

  1. Poxa Luiz, que saudades daquele tempo! Toda aquela turma era maravilhosa. Faltou dizer que aprendi muito ai na sua sala de aula onde aumentei muito o meu repertório de bandas dos 60´s e 70´s principalmente. Tenho a dizer que meu primeiro dia de aula foi incrível! Garoava e quando sai do Hospital, eu só ia pensando como seria conhecer um cara de quem eu era fã, pois era o baixista da Chave do Sol. A minha grande felicidade foi constatar que o grande baixista revelou-se um fantástico ser humano e é até hoje meu amigo, o que muito me honra. Um grande abraço Luiz! Edil.

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    1. Que bacana que curtiu a postagem, Edil. Sou-lhe muito grato pela amizade, ajuda em muitos aspectos, pelas brincadeiras e convivência que foram muito importantes também para mim naqueles anos todos, quase atravessando a década de noventa, inteira.

      Que palavras fortes, e de fato, o mais importante de tudo foi que construímos uma amizade eterna.

      Grande abraço, Edil !!

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