Passada essa aventura insólita para uma banda das características da Patrulha do Espaço, as nossas atenções voltaram-se para a preparação do ônibus. As gravações do novo CD estavam encerradas, mas descapitalizados momentaneamente, pois empregamos todo o nosso caixa na compra e reforma do veículo, tivemos que paralisar os nossos esforços para finalizá-lo e lançá-lo, enfim.
Depois do show realizado no Sesc Pompeia, emendamos uma série de compromissos avulsos antes de iniciarmos uma nova fase da banda, quando aí, sim, a ideia de turnê propriamente dita, foi posta em prática, e a aventura de estar na estrada, literalmente, produziu muitas histórias. Falarei sobre os compromissos avulsos a seguir e logo, começo a contar sobre as turnês, com muitíssimas histórias engraçadas e algumas angustiantes, também.
Os próximos compromissos antes da primeira turnê para valer, na verdade estavam tão próximos uns dos outros que já caracterizara a prática de uma turnê, propriamente dita do que shows avulsos e dispersos.
Por exemplo,
fomos à Mogi-Guaçu-SP, na região de Campinas para mais uma apresentação no
"Tempo Club", onde já havíamos nos apresentado no ano de 2000. Como
naquela ocasião, o show fora bom, com público significativo, o convite
para uma volta pareceu ser uma nova oportunidade segura de se repetir a
boa experiência do ano anterior.
Só que houve um detalhe a ser considerado:
naquela primeira ocasião, a produção girara em torno de uma festa organizada por
um programa de rádio, e com o seu público cativo bem mobilizado. Desta feita,
foi uma aposta no sucesso anterior, mas sem o apoio da tal rádio. Dessa
forma, tivemos o apoio da banda que faria a abertura, chamada: "Wild
Shark". Na verdade, o apoio foi quase que exclusivamente da parte de seu abnegado
vocalista, um rapaz chamado: Alexandre Quadros, que além de músico, era
(é), radialista e um tremendo agitador cultural nessa cidade, e em toda a região.
Com esse apoio, nos animamos, pois a força de trabalho incansável que ele demonstrou ter, aliado ao seu conhecimento logístico da cidade e da região, nos fez crer que seria novamente um grande êxito esse novo show nessa cidade. Então, eu tive a oportunidade de viajar com o Junior e o nosso roadie, Samuel Wagner para tal cidade e ao nos encontrarmos com o Alexandre, fizemos um bom trabalho ao colocar cartazes nos pontos sugeridos, além de distribuir filipetas e a cavar matéria no jornal local.
Repetimos essa estratégia em cidades vizinhas
como Itapira, Mogi Mirim e Amparo, e dentro das possibilidades logísticas
das quais dispúnhamos, pareceu termos feito o máximo e assim, voltamos à
São Paulo com a sensação do dever cumprido.
Haveria uma outra banda
além do "Wild Shark" como abertura do nosso show, chamada: "Le Fou". Certamente contribuiria para
trazer mais gente ao evento, assim esperávamos.
Então soubemos que o nosso ônibus ainda não estava liberado para o usarmos e dessa forma, o nosso "sócio-motorista" prontificou-se a nos levar à Mogi-Guaçu com a sua van. Seria bem apertado, pois o nosso backline era gigante, mas diante da necessidade, não tivemos escolha.
E além disso, no dia seguinte ao compromisso de Mogi-Guaçu, teríamos show em Santos, no litoral, portanto, haveria de ser uma jornada dupla, com quase trezentos km para enfrentarmos entre a cidade interiorana e o litoral, e a ter que passar por São Paulo necessariamente.
Fanzine Yellow Pepper's, com ares "Beatlemaníacos" (como sugere o seu nome), nº 4, de outubro/novembro/dezembro de 2001. Uma entrevista bem simples, mas claro que como quase todo fanzine, muito bem intencionada e conduzida pelo seu responsável, um rapaz chamado: Vladimir José
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário