Quando chegamos para realizar o show, a casa estava abarrotada, com uma
multidão na rua a tentar adentrar o estabelecimento e sem conseguir o seu intento, de tão
absurdamente cheio que estava.
Para a comitiva da banda poder entrar,
foi preciso acionar a tal porta de emergência que ficava atrás do palco,
e fazer uma ginástica incrível para passar naquele aperto, e sair pelo
outro lado. Não havia outro local para ficarmos a aguardar o nosso show,
a não ser o mezanino minúsculo onde ficava instalada a mesa do PA e para lá
fomos, com bastante dificuldade para atravessar a multidão super comprimida que
existia entre nós.
Assistimos então a parte final do show do
"Sabbra Cadabra", cujo vocalista se esmerava para imitar os trejeitos do
Ozzy Osbourne, com fidedignidade, incluso o figurino especialmente
confeccionado como imitação do que o vocalista original do Black Sabbath
usara como figurino na foto da capa do LP Volume 4 dessa famosa banda.
Não costumo apoiar bandas cover,
mas reconheci o seu esforço em fazer jus à banda que homenageavam e os
meninos gaúchos desse quarteto tributo eram bons músicos, principalmente
o Luciano Reis que demonstrou ter talento como guitarrista. A
plateia era Rocker, dava para sentir no calor do show da banda de
abertura, e obviamente pelo visual da maioria ali presente, com tantos cabeludos a la
anos setenta.
Quando encerrou-se o show de abertura, o nosso roadie
se contorcia para arrumar o palco minúsculo e abarrotado, e deu para
sentir a temperatura subir, motivada pela ansiedade. Nem havíamos subido
ao palco e já foi possível sentir a expectativa do público, ao denotar que
teríamos um show quente do começo ao final.
Quisera termos tido
essa dinâmica todo dia, mas shows assim, à moda antiga das mais belas
tradições do Rock, foram raros até então.
Nos resignávamos por fazer shows para
plateias desinteressadas, mas como era bom termos um público Rocker genuíno, que gostava de nós, conhecia a nossa história e repertório, enfim. Bem, divagações à parte, chegara a hora! Quando subimos ao palco do "BR-3"...
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 162 - Por Luiz Domingues
Marcadores:
Autobiografia de Luiz Domingues,
Luiz Domingues,
Marcello Schevano,
Patrulha do Espaço,
Patrulha do Espaço Capítulo 162,
Rodrigo Hid,
Rolando Castello Jr.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário