domingo, 27 de setembro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 33 - Por Luiz Domingues

Animados com a exibição do clip de "O Dito Popular" através do Canal Multishow, e a crescente exibição dentro da grade da Rede NGT, entramos em janeiro de 2006 com a perspectiva da finalização da mixagem do nosso primeiro CD. 

Apesar de ter sido muito demorado por conta da escassez de oportunidades na agenda do produtor, Renato Carneiro, sem dúvida que o resultado sonoro compensara a demora, pois estava a ficar com uma qualidade incrível no tocante aos timbres e também pela pressão sonora, a chegar a um patamar de volume quase compatível com produções caras, da parte de artistas mainstream. 

Tivemos também ao longo do disco, a presença de dois músicos convidados, que em sessões diferentes e ocorridas em 2005, abrilhantaram o trabalho do Pedra.

O bom percussionista, Caio Inácio, com parte de seu arsenal de instrumentos, no dia da gravação da percussão

O primeiro foi o Caio Inácio, percussionista que o Rodrigo conhecera por suas atuações pela noite paulistana. Ele foi bastante criativo em suas intervenções. Toda a "escola de samba" que aparece no final da música: "Me Chama na Hora", foi tocada somente por ele, ao criar a batucada naquele instante da gravação, e a arranjá-la com bastante propriedade.

Eu, Luiz Domingues, a conversar com o percussionista, Caio Inácio, no dia da gravação da percussão. Foto: Grace Lagôa

Uma pequena, sutil, porém bonita intervenção na música: "Amanhã de Sonho" também foi uma contribuição dele, através da colocação de um singelo sino cerimonial.

                             O trompetista, Robson Luis

E o outro músico que culminou em dar-nos uma ajuda boa, foi: Robson Luis, um trompetista que tocou no trecho final da música: "Misturo Tudo e Aplico", onde a canção assume ares de uma música mexicana e com o trompete, ficou mesmo acentuada essa intervenção, com a aparência de um autêntico "Mariache de Guadalajara".

O nosso convidado, Robson Luiz, a gravar o trompete em: "Misturo Tudo e Aplico"

E como ele compôs um arranjo com várias vozes abertas em harmonia, dá a impressão de vários trompetistas a tocarem juntos, e assim, a contribuir para que a música fosse registrada com um final espetacular e muito inusitado, certamente a surpreender Rockers mais radicais que esperavam um disco centrado no estilo do Hard-Rock tradicional.

A confraternizar após a sessão de gravação do trompete. Da esquerda para a direita: Robson Luiz, Xando Zupo, e Rodrigo Hid

O Robson tocava com uma banda famosa na noite paulistana, chamada: "Quasímodo", especializada em Disco Music dos anos 1970. E o Caio Inácio, era um músico requisitado como side-man de diversos artistas de diferentes vertentes.

Caio Inácio e Renato Carneiro na sessão de gravação da percussão no disco Pedra I

Continua...

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