Performático, ele pareceu ser bem dramático e intenso, ao dar-me a impressão de que ao vivo, teria ainda mais um impulso para incrementar a sua mise-en-scène.
Extraímos todo o ranço ska e oitentista da música, "Sonífera Ilha", o que a tornou bem mais palatável, mas em: "Pânico e Solidão", essa missão não logrou êxito em 100%, no sentido de se atenuar a aspereza Pós-Punk inerente da sua versão original, mas nesse caso, foi uma missão praticamente impossível pelo seu esqueleto rítmico e harmônico. Ela fora concebida nesses termos e uma mudança radical a descaracterizaria tanto, que possivelmente frustraria os fãs desse trabalho que o Ciro fez no passado.
Já o tecladista, Caleb Luporini, usava bastante tecnologia "midiada" nos teclados, e nesses módulos acoplados à softwares, ele introduzira muitos ruídos bizarros, absolutamente psicodélicos.
Enfim, a banda estava a soar exatamente como o Ciro planejara, e com o som mais firme, restou-nos um apronto final com a presença da cantora, Luciana Andrade, para podermos cair na estrada, finalmente. Dessa forma, marcamos mais dois ensaios no mesmo estúdio, e estes foram os derradeiros antes da estreia dessa nova formação. Eu estava a apreciar o andamento dos acontecimentos e fiquei ansioso para tocar aquela psicodelia toda, ao vivo.
Continua...
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