Em algum
lugar do tempo antes de entrar nos anos oitenta.
O lugar, entre Campo Grande e
Santíssimo. A casa, grande. Nela, eu, meu padrasto, minha mãe. Ali, vivemos um
tempo feliz.
Minha vida estava no verão.
Certas canções me tiravam da pele.
Eu era filho daquela natureza.
Eu simplesmente amava aqueles pássaros.
Havia-os.
Escritor de vasta e consagrada obra, aqui nos apresenta uma crônica curta, extraída de seu livro : "Mais Vazio que o Paraíso". De forma poética, nos fala sobre o tempo remoto que não volta mais, e onde personagens de outrora, jamais estarão novamente em parte alguma, a não ser na memória.
Que delícia de texto, me remeteu a infância e a pureza de meus animais de estimação, na verdade, eram meus irmãos e os da rua, que sempre vejo enternecida.
ResponderExcluirO Marcelino é um especialista em imprimir emoção ao evocar reminiscências, e com isso desperta no leitor a mesma oportunidade de resgatar suas próprias lembranças pessoais. Ou seja, não é todo escritor que consegue tal feito, embora todos o persigam.
ExcluirGrato pela leitura e participação, em nome do Blog !