domingo, 19 de julho de 2015

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 396 - Por Luiz Domingues


Reta final deste que é um dos, senão o mais longo capítulo de minha autobiografia, a narrar toda a minha trajetória com A Chave do Sol. Sobre o que significou essa banda para a minha carreira, acho que ao longo de toda narrativa eu já exprimi com detalhes, e em cada pormenor desses, está embutida a sua emoção inerente.

Tivemos muita gente valorosa ao redor da banda, que trabalhou conosco, direta ou indiretamente, muito apoio voluntário, sempre bem-vindo e mesmo pessoas que não contribuíam ativamente, mas vibravam positivamente pelo nosso êxito.

Espero não me esquecer de ninguém que gravitou na nossa órbita nesses cinco anos e claro, fica a ressalva que o Blog está sempre aberto a reedição e lembrando de mais nomes, ou na necessidade de estabelecer correções pontuais, o farei de imediato.

Peço desculpas antecipadas por esquecimentos, portanto e também se mencionarei apenas nome ou sobrenome, ou mesmo apelido de pessoas, em alguns casos onde o nome completo, fugiu-me.

A falar sobre o início, em 1982... 


Creio que a primeira personagem que merece menção, foi Dona Sabine, a proprietária do Café Teatro Deixa Falar. Claro que foi de forma indireta, e meramente ocasional, mas graças a ela, eu (Luiz) fui apresentado ao namorado de sua filha, um jovem guitarrista chamado: Rubens Gióia. Se não fosse por seu intermédio, esse encontro jamais teria acontecido, e provavelmente não teria existido a nossa banda.

Agradeço ao Edmundo, um bom amigo e que teve a boa vontade de se apresentar como baterista sob um convite meu. Não deu certo, mas ele sempre foi um sujeito solícito, que me apoiou desde os primórdios do Terra no Asfalto em 1979, quando o conheci.

Com a banda dando a dar os seus primeiros passos, uma turma de amigos que o Rubens havia conhecido através de uma escola em que estudara no bairro da Vila Pompeia, nos acompanhou de forma fiel, do primeiro show, até 1985, com uma dispersão gradual, daí em diante.

Esses rapazes eram Rockers, e apoiaram a nossa banda de uma forma apaixonada, ao prestar-nos um apoio extraordinário. Eram roadies, carriers, divulgadores, fizeram as vezes de uma torcida uniformizada nos lugares onde tocamos, enfim, foram apoiadores sem reservas, sob o sol, chuva ou frio...

Nessa foto de 1984, em pé, da esquerda para a direita, eis alguns desses amigos que estou a citar misturados à banda. Em pé: Zé Luiz Dinola & Eliane Daic, Sergio de Carvalho, Hélio, Rubens Gióia & Monica Maya. Agachados: Daniel Negrão, Luiz Domingues, Claudio D. de Carvalho e Chico Dias

Claudio T. de Carvalho ("Capetóide"), Celso "Esponja" Bressan, Sergio de Carvalho, Daniel "Papel" Negrão, Iran Bressan e Carlos Muniz Ventura ("Carlão"). Esses jovens nos ajudaram demais em vários aspectos, mas principalmente pela amizade e sincero apreço pelo trabalho que construímos.

Da parte do Zé Luiz, agregaram-se à banda os seus então cunhados, irmãos de sua namorada na época, os irmãos Ogawa. Seiji Ogawa tornou-se o nosso primeiro fotógrafo, e mesmo sendo amador, teve o enorme mérito de registrar os momentos iniciais da nossa carreira, e até a primeira sessão de fotos promocionais, ainda que muito simples em sua concepção, foi realizada por ele, em 1983.

Rolando Castello Junior já era muito famoso e a Patrulha do Espaço estava alojada em um patamar muito acima do nosso, mas a sua solidariedade em nos ajudar nos primeiros momentos difíceis, ao emprestar o equipamento da sua super banda para podermos atuar ao vivo, nunca poderá ser esquecida, e será sempre objeto de minha gratidão.  
Wagner Sabbath em foto dos anos oitenta, do acervo do poeta Julio Revoredo

Falarei detidamente sobre o poeta Julio Revoredo, depois, pois o considero um membro emérito da banda, mas vindo de sua parte, preciso citar a persona de Wagner "Sabbath", um rapaz obstinado, que perseguia o seu objetivo de se tornar um vocalista de banda de Rock, mas que foi também muito alegre em nosso convívio e prestativo para conosco. Ele foi até "segurança" nosso em algumas circunstâncias (relatadas em capítulos anteriores), quando o seu porte físico avantajado nos auxiliou nesse sentido.

Em 1983...

Quando fomos contratados pelo Victória Pub, no início de fevereiro de 1983, eu conheci: Paulo Zinner, Raul Müller "Zica" e Nelson Brito. Nas circunstâncias em que adentramos aquele ambiente, jamais me esquecerei da solidariedade do Nelson Brito em ceder-me o seu amplificador para os quatorze shows que ali fizemos, e ele nem me conhecia ainda. Tal dívida de lealdade ficou eterna e mesmo quando eu tive a chance de retribuir a gentileza, muitos anos depois, a emprestar o meu equipamento para ele gravar um álbum do Golpe de Estado, emocionalmente a falar, acho que não quitei minha dívida. Sempre o ajudarei, portanto.

As pessoas que produziam o programa: "A Fábrica do Som", sempre nos trataram com enorme carinho. Fora o fato do programa ser 100% ético e não conter nenhuma contaminação mafiosa, como todos os programas de TV mantém hoje em dia, depois que tocamos pela primeira vez, a camaradagem sempre foi muito grande, ao ponto de nós termos tocado até em uma edição que não foi ao ar, e sob condições técnicas deploráveis (relatado com detalhes, muitos capítulos atrás), só para ajudá-los em um momento muito difícil, onde até uma tragédia poderia acontecer, pelo fato da filmagem ter sido cancelada, mas com mil e quinhentas pessoas dentro do teatro, a ansiar pelo espetáculo. Entre mais de seis pessoas que compunham essa produção, lembro-me do Pedrão Vieira e Cristiane Macedo.  

Um personagem sensacional que entrou na nossa vida e muito nos ajudou, merece menção muito especial, a tratar-se de: Luiz Carlos Calanca, e creio que no decorrer do relato, a sua pessoa foi citada e exaltada muitas vezes. Dentro dessa "família Baratos Afins", outras pessoas bacanas vieram juntas no mesmo embalo: Vitória Calanca, sua esposa e uma pessoa muito prestativa e carinhosa para com nossa banda, seu irmão, Carlos Calanca, um rapaz sempre bem humorado e vários funcionários da loja, que mais ou menos, também se afeiçoaram à nossa banda.

Sobre 1984...
Foto das sessões de gravação do compacto de 1984. Robson T.S. é o rapaz de bigode, ao fundo

De pronto, sou grato ao técnico, Robson T.S., que operou o som e o mixou na gravação de nosso primeiro disco. A sua boa vontade em nos auxiliar foi tremenda e nessa gravação, além de não sermos experientes em estúdio, fomos de peito aberto, sem fazer pré-produção e a arriscar ter à nossa disposição um técnico desinteressado, ou arrogante e manipulador, ou simplesmente que não apreciasse o nosso trabalho e a nos dar um tratamento gelado. Por sorte, nada disso ocorreu e ele foi solícito, interessado, paciente e deu o seu máximo para sairmos dali com o melhor áudio possível para o nosso disco de estreia.

Agradeço à Fabio Rubinato e Seiji Ogawa que nos auxiliaram com sessões de fotos que ilustraram a capa do compacto.  

Um super agradecimento à Beth Dinola, irmã do Zé Luiz e que fez a criação e o lay-out da capa desse compacto. Beth era (é) uma artista plástica talentosa e a sua torcida para ver a banda a crescer, foi muito emocionante para nós, ao lado de seu filhinho, Victor Dinola, então com sete anos de idade e que assistiu muitos ensaios e shows da nossa banda.
Eliane "Lili" Daic, em foto de 1986, a trabalhar em um ponto de explosão pirotécnica, quando preparava a pólvora...

Eliane Daic, foi namorada do Zé Luiz, do início de 1984, até meados de 1987, e se envolveu com a banda mais diretamente a partir de 1985, quando assumiu o posto como a nossa produtora executiva. Sou-lhe grato pela ajuda que nos deu nessa função, e também nas tarefas do fã-clube.  
Edgard Puccinelli Filho, em uma foto recortada de 1986, no camarim do Teatro Mambembe


Edgard Puccinelli Filho, vulgo "Pulgão", foi um amigo, que tornou-se roadie, e o seu ponto forte mesmo era como ator performático. Figuraça freak, com talento latente para ator, chamava a atenção pelo seu comportamento excêntrico e histriônico, e claro que a se tornar de uma forma bem natural, um chamariz ambulante, ao se configurar como a figura ideal para fazer vendas de merchandising e relações públicas do fã-clube, ao angariar adesões nos locais de shows. Ele também participou com uma parceria de letra para a música: "Anjo Rebelde", primeira faixa do EP de 1985.
Soraia Orenga e Rosana Gióia, ambas juntas de nós, a gravar os backing vocals da música, "Luz" 

Agradeço a Soraya Orenga, e a irmã do Rubens, Rosana Gióia, por atuarem como convidadas na gravação dos backing vocals desse compacto. 

Dalam Junior; o casal de jornalistas Myrna e Roberto Casseb, Antonio Celso Barbieri e Orlando Lui, pela produção do evento "Praça do Rock", onde nos apresentamos várias vezes, e que sem dúvida alguma, foi um polo que muito nos ajudou a impulsionar a nossa carreira.
Canrobert Marques, um tremendo técnico de som e muito solícitoe solidário por nos ajudar em muitas ocasiões

Canrobert Marques foi um técnico de som sensacional que muito nos auxiliou dentro do Teatro Lira Paulistana e em alguns shows fora, também.  
                           Cida Ayres em foto bem mais atual

Cida Ayres, produtora executiva do Língua de Trapo, que afeiçoou-se à nossa banda, e muito nos ajudou nesse ano de 1984, ao abrir as portas para shows de maior envergadura que fizemos.

Hélcio Junior, um fã que tornou-se amigo, e que muito nos auxiliou nesse período entre 1983 e 1984, principalmente.

Hélio, um rapaz que desejou ser roadie, mas ficou pouco na banda. Grato por isso, mas já falei e repito: aquela fita K7 com um show completo com a presença do vocalista, Fran Alves nos vocais, foi um registro único dele ao vivo conosco... lastimo muito ter-lhe emprestado essa joia rara em 1989, com a promessa de devolução imediata, mas que até hoje (2015), ainda não a recebi de volta...

No ano de 1985... 

Grato pela tentativa de fazer algo maior pela cena, sr. Mário Ronco. 
Antonio Celso Barbieri, em foto de 2015, quando lançou o seu livro: "O Livro Negro do Rock", em São Paulo

Antonio Celso Barbieri já era nosso conhecido desde 1984, mas foi a partir de 1985, que nós mais pudemos interagir juntos. A sua capacidade e iniciativa para concretizar shows, festivais e agitos em geral na mídia, foram notáveis. A sua lisura no trato conosco, foi sempre exemplar, e só posso lamentar o fato de que ele não nutrisse vontade de ser um empresário exclusivo de um artista e no caso, nós, pois teria sido o manager ideal (assim como Jerome Vonk, outro empresário que eu admirava). Tudo o que ele fez e onde nós estivemos inseridos, foi bem feito.

Luiz Calanca teve papel ainda maior em 1985, como produtor geral do nosso segundo disco. Dentro das possibilidades de uma gravadora pequena como a Baratos Afins, ele deu 110% de seu apoio, eu diria.

Obrigado, Daryl Parisi, pela força no estúdio, ao gravar teclados em nosso disco. Está lá eternizada essa camaradagem em forma de arte.

Líbero, pela capa do disco, embora tenhamos tido muitos dissabores com tal lay-out, mas como deixei claro na narrativa, o isento completamente disso!

Bocato, o trombonista superb e a sua paciência mastodôntica para transcrever as nossas músicas em pentagrama, para um possível songbook...

No ano de 1986...

Beto Cruz trouxe uma força tarefa formada pelos seus irmãos quando entrou para a nossa banda. Ele tinha cinco irmãos, e pelo menos dois deles, Marcos e Claudio Cruz, foram muito presentes na vida da banda daí em diante, ao auxiliar-nos em muitos aspectos.  

Sou muito grato à produção da TV Cultura que nos convidou espontaneamente para produzir um vídeoclip para a música: "Sun City". Em uma década onde possuir um bom clip na TV foi tão ou mais importante que um bom disco, foi a nossa honrosa salvação para não passar em brancas nuvens na carreira, nesse quesito.

Eduardo Russomano, foi um fã que tornou-se amigo e daí a roadie e funcionário remunerado do fã-clube, foi um pulo. Ele foi uma das personalidades mais solidárias que eu conheci, não só em termos de carreira, mas na vida, era solícito, extremamente educado e boa praça. Continuamos amigos depois que banda acabou e por volta de 1991, ele me contou que havia contraído uma doença sanguínea que não era exatamente a leucemia, mas algo derivado e não identificado nos anais da medicina. Tanto que o seu tratamento foi feito na Unicamp, pois os médicos queriam entender o que era aquela estranha e desconhecida variante da leucemia. Mantivemo-nos a conversar por correspondência, e ele mudou-se para Santos-SP, por volta de 1992. 

De-repente as cartas foram a rarear, e em certo dia de 1995, eis que eu recebi o telefonema de uma moça que identificou-se como a sua namorada e ela me deu a notícia de seu falecimento. Russomano era muito jovem e extremamente gentil. Foi a primeira perda que tivemos de alguém que fora muito próximo d'A Chave do Sol. E lastimo muito não ter nenhuma foto dele, sequer, para ilustrar esta autobiografia.

Clemente Nascimento e Ronaldo Passos, d'Os Inocentes e Charles Gavin, dos Titãs, eram artistas que estavam no mainstream, faziam parte de estéticas antagônicas à nossa, mas que muito nos ajudaram, ao tentar com as suas forças e influência, elevar-nos para o mundo encantado das gravadoras majors, habitantes do mundo mainstream. Não lograram êxito por diversos fatores, mas a sua tentativa de ajuda abnegada, foi muito positiva e os três, tem o meu agradecimento eterno por esse esforço que fizeram em nosso favor.

                               Clovis, em foto bem mais atual
                              
Clovis, o técnico, gentil, que muito nos auxiliou a gravarmos a segunda demo-tape de 1986.

Mário e Rosana Abud, que formavam um casal mega simpático e que abriram o seu apartamento localizado no bairro do Cambuci, na zona sul de São Paulo, para receber Rockers de várias bandas da cena oitentista, para jantares regados a sessões de vídeos incríveis. Não apenas A Chave do Sol, mas várias bandas da cena, são muito gratas a ambos não somente por esses convites de cunho socioculturais, mas também pelo seu maciço comparecimento e sobretudo entusiasmo, em quase todos os shows. 

Muito bem, o Studio V nos prejudicou muito em vários aspectos, mas ao analisar quase trinta anos depois (2015), não acho que tenha sido por maquiavelismo da parte deles, mas a se tratar de um misto de inoperância com más estratégias em paralelo, e que os minou para pensar e agir sobre a nossa carreira com foco e eficiência. Talvez se não tivessem gastado tanto dinheiro com um pseudo artista como aquele cantor Pop lusitano e ridículo, tivessem equilíbrio para lutar por nós. Enfim...

Ricardo C. Aszmann era um garoto adolescente ainda, quando nos abordou, a pedir-nos a permissão para fundar um fã-clube d'A Chave do Sol no Rio de Janeiro. Claro que aceitamos, e toda a ajuda seria bem vinda. Ele de fato fez muitos esforços nesse sentido, mas foi além e tornou-se um grande incentivador e divulgador da nossa banda, no Rio, ao dar-nos dicas e até a abrir importantes frentes de divulgação e trabalho.

A nossa amizade perdurou nos momentos pós-A Chave do Sol e assim mantivemos comunicação por cartas e telefone, além de encontros pessoais, a coincidir com o fato de que por conta de uma namorada carioca que eu tive entre 1987 e 1992, frequentei o Rio de Janeiro com bastante assiduidade nesses cinco anos citados.

Ricardo estudou muito a guitarra e se tornou um tremendo instrumentista. Fez faculdade de música e adquiriu forte bagagem teórica, também. Já foi componente de muitas bandas, foi side-man de artistas solo, gravou disco solo e ministra aulas até os dias atuais. 

1987...

Agradeço ao "Bip Bip", cujo nome verdadeiro, é Marco Correa. Nada deu certo para nós na BMG-Ariola, mas ele não teve culpa, e pelo contrário, até aonde foi possível, deu o seu melhor.  

Sou grato à Rock Brigade, e em específico nas pessoas de Antonio D. Pirani, Eduardo de Souza Bonadia e Paulo Caciji, que nos auxiliaram na parte burocrática da produção do LP The Key.  

Muito grato ao Ivan Busic, que em um momento de horrível turbulência vivido pela nossa banda, veio nos socorrer prontamente, mediante as suas baquetas de alto nível. Estendo o agradecimento ao seu irmão, Andria Busic, que também auxiliou-nos com vocais no LP The Key.

Fernando "The Crow" Costa e os seus teclados setentistas sensacionais... muito grato por tocar em nosso álbum!


Foi um tremendo prazer poder trabalhar com o produtor, Edy Bianchi, não apenas pela sua competência, mas pelas inúmeras conversas que tivemos sobre o Rock progressivo setentista, nossa paixão em comum. Em meio à hostil década de oitenta, conversar com alguém que amava tais signos setentistas, equivaleu a um oásis no meio do deserto.

Agradeço ao Guto do Estúdio Guidon, Edelson & Pepeu, os técnicos, Walcyr Chalas da loja Woodstock, Mario Monteiro pelo lay-out da capa, Carlão Muniz Ventura e estúdio Pugliesi pelas fotos, e Paulo Caciji pela diagramação do encarte.


Sobre os jornalistas que mais nos deram força nesses cinco anos de 1982 a 1987:

Eis os meus sinceros agradecimentos para:
Roberto (Rádio Cultura AM), Luiz Antonio Mello (Fluminense FM - Rio), Antonio Carlos "Tony Monteiro (Revistas Roll, Metal, Mix, e jornal Contracorrente), Sergio Martorelli (Revistas Roll e Metal), Claudia Schäffer (Revista Metal e Rede Bandeirantes de TV), Amanda Desireé (Revista Roll), Leopoldo Rey (Revistas Som Três e Bizz e 97 FM), Valdir Montanari (Revistas Rock Stars, Rock Show, Rock Passion e Programa Sinergia da USP FM), Antonio D. Pirani e Eduardo de Souza Bonadia (Revista Rock Brigade), Fausto Silva, Oscar Ulisses & Osmar Santos Jr. (Programa Balancê - Globo/Excelsior FM), Primo & Mister Sam (Programa Realce Baby - TV Gazeta), Toda a produção da TV Cultura, Sergio Groismann (Programa Matéria Prima - Rádio Cultura AM), Beto Peninha (Programa Rockambole - 97 FM), Laert Sarrumor & Ayrton Mugnaini Jr. (Programa Rádio Matraca - USP FM), Richard Nacif (Programa Riff Raff - 97 FM), Rita Lee & Roberto de Carvalho ( Programa Rádio Amador - 89 FM).

Deixo o meu agradecimento também aos pequenos fanzines, que nem vou enumerar, mas muito auxiliaram-nos na árdua tarefa de divulgar o nome de nossa banda.

Mesmo caso de músicos e bandas que nos auxiliaram em muitas circunstâncias. Corro o risco de esquecer de alguém, portanto, agradeço de forma generalizada.

Aos que me incentivaram a escrever a autobiografia e muito interagiram na história específica d'A Chave do Sol:

Não posso deixar de mencionar algumas pessoas que muito me incentivaram, quando eu comecei a escrever as minhas memórias e usar uma plataforma pública de Internet, no caso, a comunidade "Luiz Domingues", na extinta e saudosa rede social Orkut, criada por uma amigo chamado: Luiz Albano. Ali, em 2011, foi a minha base primordial para começar a escrever, e de fato eu usei tal plataforma até o último dia de vida do velho Orkut, em 2014. O material bruto que lá escrevi, alimentou 317 capítulos deste relato sobre A Chave do Sol, fora os de outras bandas onde atuei. Os demais até o final, nº 399, eu escrevi diretamente neste meu Blog 2

Menção honrosa portanto para os meus incentivadores mais ativos no texto bruto do Orkut: Luiz Albano, Marinho "Rocker" Figueiredo Filho, Marcos Romano e Ricardo Aszmann, que foram os que mais interagiram ainda na elaboração do texto bruto do Orkut, além de meu primo, Marco Turci.

Estendo esse agradecimento ao Will Dissidente, um rapaz extremamente inteligente, abnegado, solícito e que administra o Blog d'A Chave do Sol de uma forma muito entusiasmada.
Will Dissidente a apresentar um show de Heavy-Metal, em foto recente de 2014

Will é um agitador cultural nato, e além de suas atividades virtuais, costuma ser apresentador de shows ao vivo, ao animar e "esquentar" plateias. Ele é paulistano, mas vive atualmente no sul  de Minas, mais precisamente na cidade de Varginha. 

E não posso deixar de agradecer ao meu primo, Emmanuel Barreto,
que dirige o Site/Blog Orra Meu, onde eu sou colunista fixo desde 2011, e que muito me ajudou a resgatar o material de áudio e vídeo da banda. E também à produtora cultural, Jani Santana Morales, que estabeleceu uma boa parceria comigo nesse mesmo sentido, em 2015, e vem a auxiliar-me desde então no sentido de resgatar o material raro e providenciar a sua postagem no YouTube.


Familiares e parentes:

Sobre familiares dos membros, já citei alguns anteriormente. Mas  claro que preciso aumentar um pouco mais essa lista.

Da parte do Rubens Gióia, a sua família teve papel preponderante na construção e desenvolvimento de nossa banda. Só o simples fato de emprestarem a sua residência para que promovêssemos ensaios com a disciplina ferrenha que ali mantivemos, já foi algo sensacional, pois não foi nada fácil para a família, ter uma banda de Rock a tocar em um quarto, sem nenhum tratamento de contenção acústica, mesmo com as janelas fechadas e a se constituir de uma uma edícula deslocada da estrutura predial/residencial, propriamente dita, e pior, de segunda a sexta, das 15 ás 22 horas, sistematicamente, e muitas vezes a promover ensaios extras em sábados, domingos e feriados...

Nunca reclamaram, a não ser ao estabelecer pedidos esporádicos para abaixarmos um pouco o volume, mas eu conto nos dedos de uma única mão, a quantidade de ocasiões onde isso de fato aconteceu.

Dr. Rafael Gióia Jr. foi também um artista (poeta com muitos livros publicados e discos lançados com seus poemas declamados), e portanto, ele soube valorizar a paixão que tínhamos pelo trabalho, e pelo exercício da arte livre... 

Sou grato à mãe do Rubens, Dona Dinorah e seus irmãos: Rafael, Roseli e Rosana. Todos foram entusiasmados torcedores da nossa banda.

E não posso deixar de citar as funcionárias domésticas da família, lideradas por Dona Maria. Muito grato por nos auxiliar a abrir e fechar portas e anotar recados telefônicos.

Gratidão eterna à família Gióia!

Idem em relação à família do José Luiz Dinola, na figura de seus pais e irmãos. Graças ao Dr. João Baptista Dinola, usamos e abusamos de seu escritório localizado na Rua dos Pinheiros, que foi por anos, a base de nosso Fã-Clube. Tanto quanto a nossa sala de ensaio na residência da família Gióia, o escritório da família Dinola foi a extensão do nosso "QG", e base das operações...

Sobre os irmãos do José Luiz, usamos muito a velha Kombi de João Dinola em várias produções. Beth Dinola fez a arte e o lay-out de nosso primeiro disco, além do cenário para o show de lançamento do segundo disco. Eliana Dinola nos auxiliou até como produtora no Rio de Janeiro, além de nos oferecer o seu apartamento em Ipanema, como base de nossas operações pela cidade.

Meu muito obrigado à família Dinola! 

Sou grato aos irmãos do Beto Cruz, que muito nos ajudaram, quando o seu irmão ingressou em nossa banda. Principalmente Claudio e Marcos Cruz, mais presentes no cotidiano do nosso trabalho.

Sobre os outros membros com passagens mais curtas, Percy Weiss,; Verônica Luhr, Chico Dias, e Fran Alves, não tenho muito o que acrescentar sobre familiares, parentes e amigos que agregaram algo significativo para banda em suas respectivas passagens.

E finalmente, sobre a minha família, nessa época eu estava afastado do meu pai, mas sabia que ele acompanhava de longe e ainda que não gostasse de admitir, pois se posicionara contra a minha decisão de ser artista, eu ouvia comentários que ele me via na TV, e guardava recortes de jornais e revistas onde eu aparecia. Só nos reaproximamos em 1993, novamente, portanto, sob uma outra fase da minha carreira. Já minha irmã, foi criança nessa época, e no caso da minha mãe, ela nunca pôde colaborar de uma forma contundente como gostaria, pelas circunstâncias da vida, mas, a sua torcida foi total, e só eu sei o quanto isso me ajudou em minha casa.

Minha prima, Mara Turci, teve um episódio de ajuda direta, já relatada e no mais, houve muita torcida da parte de vários tios, primos e de alguns avós ainda vivos naquela ocasião.

Continua...

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