quarta-feira, 22 de julho de 2015

Per + Turba - Por Julio Revoredo

Obra ópera sem som

Avant la lettre

Som sem ópera obra

Brilham os parafusos
Abre-se o paraquedas

Sábado no Parque Xanghai

O olhar dilui-se em cores mutantes e fosmeas e fosmeas, arena
A aranha tece o jogo do fogo, selvagem, na areia.

Obra mestra, sob o olho-santo, especular

Desvario, ao risto

Suspensão, eixo, solidão, fluxo, mergulho incônscio
Voo sem asas consciente, chato, sendo incomodo, de tímido modo, sendo e sem a máscara, ananda

Super 8, super 8, super 8, super 8, spray, 1967

Obra ópera sem som

Elástico, plástico, mudo, sendo incomodo aos outros, mas livre perturbação 

Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. 

Neste poema, nos fala sobre signos musicais avantgarde e o dedica ao grande maestro Rogério Duprat.

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