terça-feira, 7 de julho de 2015

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 84 - Por Luiz Domingues


De fato, a pequena melhora observada no quadro de alunos, mostrou-se efêmera, logo que agosto findou-se, e neste caso, a época mais forte, para novas adesões, marca registrada dos anos interiores, passou incólume, com nada muito significativo a ocorrer, enfim.

Em setembro e outubro, o meu quadro se mostrou reduzido, mas os que sobraram foram fieis ao extremo naquela união construída desde 1992, e puderam testemunhar o final de uma "Era" para a minha trajetória na música, em particular. Eu estava de saída do Pitbulls on Crack, banda pela qual atravessara os anos noventa, e os meus alunos acompanharam-na do início ao final.

O apoio que deram desde os primeiros tempos, chegou ao ponto de fazer deles, apoiadores muito ativos, como em 1994, por exemplo, quando bombardearam a sede da 89 FM com telefonemas, e isso foi logicamente, algo fantástico em minha percepção.

O Pitbulls on Crack foi quase antagônico aos ideais de resgate 1960/1970 que uniu-me com essa garotada, mas a própria banda foi a amoldar-se a tal anseio, muito em função da influência que eu fortemente imprimi, é lógico, mas houve também uma força muito grande de meus alunos nesse processo, conforme está claro neste relato. A formação do meu "exército neo-Hippie", teve fator preponderante para o avanço do Pitbulls on Crack, ao tomar o rumo que tomou, principalmente na época do lançamento daquele aparato da lata psicodélica que embalou o lançamento do CD Lift Off etc. A euforia de meus alunos, predominantemente adolescentes e sempre dispostos a ajudar, ainda que tudo fosse uma grande farra para eles, norteou esses anos todos em que convivi com eles na minha sala de aulas, e eles com os bastidores da minha banda.

Mas agora essa Era estava para findar-se. E claro que eu angariei o apoio maciço deles em prol de meu novo projeto, que já elucubrava na imaginação. E na minha avaliação, foi óbvio que o apoiariam, pois ao contrário do Pitbulls on Crack que não se encaixara confortavelmente na proposta, desta feita eles haveriam de abraçar a nova banda que eu pretendia formar, por ser 100% amparada nos ideais vintage. Tive tudo para contar com os meus alunos a apoiar a minha nova banda e confesso, estive muito esperançoso por essa adesão em massa da parte deles.

Continua... 

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