Eixo mecânico de um axifugo
A transposição para uma emulsão
Jogo atraente, do que ruinico
A memória da água
O som do solo
O espelho seco do flume
Então, bebe-se o olhar de Tiresias
Isso é um voo
Degrada-se a máscara
Consagra-se a hipérbole
Do lívido, toma-se o absinto
Cummings
Ora Tirteu, ora Píndaro
O Sol e Lewis
Ulysses
O mar
Joyce
Ísis
A dislogia e a luz
As crises
A hipérbole da máscara
A máscara da hipérbole
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas canções em que trabalhamos juntos em parceria, em trabalhos de bandas pelas quais eu atuei, como: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste poema, ele evoca a memória sutil do inconsciente coletivo, onde estão registradas os pensamentos deflagrados por ícones que passeiam entre a mitologia e a literatura.
Uau! Muito bom e pertinente nesses tempos...confesso que recorri ao dicionário...
ResponderExcluirMuito legal a sua participação, com comentário.
ExcluirDe fato, o Julio tem como característica a exploração total de imagens em seus poemas, evocando um olhar de artista plástico para usar as palavras. É seu estilo também, o uso de palavras não usuais no coloquial do cotidiano.
Grato por ler e e comentar !