quarta-feira, 29 de julho de 2015

Autobiografia na Música - A Chave/The Key - Capítulo 2 - Por Luiz Domingues


Outra providência que eu precisei tomar às pressas, foi no sentido de alugar uma nova caixa postal para essa nova banda. Diante dos acontecimentos dramáticos que culminou com o final das atividades d'A Chave do Sol, não haveria nenhum cabimento em continuar a usar a histórica caixa postal que a nossa ex-banda usou por anos a fio, desde 1984, quando fundamos o seu fã-clube e tal contato com os fãs tornou-se direto nesses termos.

A internet ainda era para a maioria, objeto de enredo de filmes Sci-Fi, em 1988, embora já estivesse disponível ao público em geral. Porém, claro que não fora nada popular e os equipamentos disponibilizados para pessoas físicas naquele tempo, se mostravam jurássicos, e caríssimos. Portanto, possuir uma caixa postal para receber as correspondências datilografadas ou manuscritas, ainda seria a melhor maneira para se estabelecer comunicação com os fãs do trabalho. Creio que no calor dos acontecimentos que motivou o rompimento da antiga banda, não seria nada conveniente continuar a usar a histórica caixa postal 19090-SP.

Portanto, esta foi uma outra tarefa burocrática e desagradável que eu tive que fazer às pressas, ao procurar desta feita uma agência do correio perto da minha residência, para abrir uma nova caixa, e pelo lado prático da situação, eu só pude lamentar também o quanto isso haveria de gerar confusão entre os fãs, acostumados com a caixa postal antiga. Somara-se a isso, os anos de divulgação que fazíamos através da TV, rádio, filipetas, fanzine e na própria capa dos nossos discos. Foi inevitável portanto que a mudança traria prejuízo certo para nós.

Então, a nova banda, que chamou-se:"A Chave", receberia correspondência doravante, pela caixa postal 15665-SP, através de uma agência localizada na Rua Tuiuti, próxima à Praça Silvio Romero, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. 

Sobre os esforços da parte do Beto, em questão de poucos dias, ele já esteve a anunciar um grupo de componentes arregimentados para fazer parte dessa nova banda.
Foto de Zé Luiz Rapolli, do fim dos anos noventa, quando ele trabalhou em uma loja de instrumentos da Rua Teodoro Sampaio

Para a bateria, foi indicado a persona de José Luiz Rapolli, ex-baterista da banda "Jaguar", que encerrara atividades recentemente e que tratou-se de uma banda de qualidade, que alcançara razoável projeção na cena Hard-Rock paulistana. O tecladista, Fabio Ribeiro, que tocara no último show oficial d'A Chave do Sol em dezembro de1987, esteve confirmado, também.
Theo Godinho, ex-guitarrista do Jaguar, em foto posterior à sua rápida passagem por essa nova banda que formávamos  
Eduardo Ardanuy, aqui já em ação com A Chave/The Key, em 1988

E dois guitarristas: Theo Godinho, ex-guitarrista do Jaguar, também, e um garoto bem novo e que o Beto descobrira a atuar na noite, com fama de virtuose, chamado: Edu Ardanuy. E assim, em janeiro de 1988, começamos a ensaiar como um sexteto, a visar cumprir dois compromissos que na verdade seriam da agenda da velha, A Chave do Sol.

Um deles, seria em meio a um evento de grande porte, promovido pela Rede Bandeirantes de TV, chamado: "Verão Vivo", filmado em uma praia da cidade do Guarujá, no litoral de São Paulo. Já o outro, ocorreria em um salão de Rock, famoso e tradicional, localizado no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, chamado: "Led Slay".

Tudo foi angústia, incerteza e pressa nesses dias de janeiro de 1988...

Continua... 

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