Diante dessa afirmativa, convidei-o a integrar a minha nova banda, e eu já tinha convidado o então muito jovem, Rodrigo Hid para ser guitarrista, vocalista e tecladista. Eu estava a esperar apenas o momento propício para anunciar a minha saída para o Juan Pastor e Chris Skepis, mas ainda surgiu um novo compromisso.
Desta vez, esse contato surgira da parte do guitarrista, "Perna", integrante da banda "Genocídio", e seria um show dividido com outras bandas, em uma casa noturna na cidade de Mogi das Cruzes, na grande São Paulo.
Perna, pessoa da melhor qualidade e guitarrista da banda de Heavy-Metal, Genocídio
O "Perna" era muito gentil e solidário, e nos últimos meses de 1996 e nos primeiros de 1997, estreitamos contato, pois ele fora contratado pelo selo Primal/Velas e tornara-se então, um funcionário da gravadora, e por conta desse vínculo, quase diariamente nos víamo. Os últimos ensaios do Pitbulls on Crack foram bastante desanimadores, pois ninguém entre os membros pareceu ter mais motivação para tal.
Fazer músicas novas foi proposto, e o Chris sempre tinha kilos de músicas prontas em suas demo-tapes caseiras, pois o seu tempo era gasto habitualmente para compor e gravar músicas em seu port-estúdio. Mas ninguém estava com vontade para tal, pois aquele ânimo do início, havia esvaído-se pelo ralo, para todos, deu para sentir.
Com isso, fomos tocar nessa casa em Mogi das Cruzes-SP (chamava-se: "Espaço Oito"), no dia 22 de agosto de 1997, quando dividimos a noite com o "Zero Vision", "P.U.S." e "Genocídio".
Tratou-se de uma casa bem grande e decorada. O palco era muito bom e alto, com um equipamento bom de som e iluminação. A decoração da casa, lembrava a de quiosques de praia, com móveis rústicos etc. Por ser uma cidade que vive em função da sua famosa universidade, a presença de jovens estudantes universitários foi maciça. Cerca de trezentas pessoas estiveram presentes nessa noite de uma sexta-feira. O público foi o típico de uma casa noturna, com bastante dispersão. Nem todo mundo presente na casa estava interessado nos shows, é claro. Mas quando tocamos, foi bastante respeitoso e razoável em termos de número presente para assistir efetivamente.
Syang, a guitarrista da banda "PUS", que fazia um som ao estilo do Metal extremo
Nem mesmo durante o show do "P.U.S.", com a sua bela guitarrista, Syang, esse panorama mudou, portanto, não haveria de ser Pitbulls on Crack em si, mas a dispersão foi para qualquer banda. Aliás, cabe lembrar que poucas semanas antes, havíamos tido um convívio com o "P.U.S.", ao dividirmos os bastidores de um programa de TV obscuro, onde eles estiveram presentes também. Não consigo nem lembrar-me o nome dele, que era obscuríssimo, e a cópia que eu tinha dessa aparição, em VHS, foi perdida por conta de um desses "empréstimos" dos quais arrependo-me amargamente, principalmente agora que escrevo as minhas memórias e cada item desse, vale ouro...
Só lembro-me de que o apresentador do programa era um rapaz chamado: Otaviano Costa, ainda desconhecido do grande público, mas hoje bastante conhecido por conta de novelas na Rede Globo, e nos dias atuais (2016), ser apresentador do "Vídeo Show".
Eu Luiz, presente no camarim do show de Mogi das Cruzes-SP, em foto do acervo de Jason Machado
De volta ao show de Mogi das Cruzes-SP, creio que não foi um show ruim, mas tal como em Caxambu-MG, foi um show que nada acrescentou à nossa trajetória. Mas na prática, este foi o meu último show com o glorioso, Pitbulls on Crack.
Continua...
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