domingo, 31 de maio de 2015

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 298 - Por Luiz Domingues


Para falar sobre o poster, o jornalista que escreveu o texto teve o cuidado de burilar o release oficial que cedemos e ao avançar, fez a leitura correta do histórico que lhe enviamos em anexo, portanto, a redação final que foi publicada no poster, ficou bastante satisfatória. Destaco alguns trechos:

"Uma das mais queridas bandas de Heavy paulista, A Chave do Sol nasceu em 82"...

..."Começaram a tocar como Power-Trio e muitos de seus fãs preferem esta fase, em que a maior parte das músicas era instrumental"...

..."A Chave do Sol possui um estilo diferente, e a rapaziada faz questão de dizer que não sofre influência específica de nenhuma banda. Podem-se identificar influências de Heavy e muito Jazz Rock, que resulta numa mistura bem a gosto dos Heavies em geral"...


Agora a comentar esses quase aforismos que pontuei do contexto geral:

1) Não posso afirmar ser um "erro" por parte do jornalista o fato dele haver rotulado-nos como "Heavy". Foi o ônus que assumimos pelo segundo disco lançado e fruto de uma má estratégia na carreira. Agora, nesse novo momento, foi trabalhoso aparar tais arestas e nomeações desse porte, foram quase inevitáveis a surgir na mídia.

2) Verdade... se revelara enorme o número de fãs que gostavam da fase do trio, mais instrumental, mas nos serve como consolo, a fase com o Beto em nossa formação, que estava em curso, também angariou muitos fãs.

3) Verdade, também. O EP foi isso mesmo, ou seja: o velho Jazz-Rock que praticávamos anteriormente, mesclou-se ao Hard-Rock & Heavy-Metal, imprimido pelo peso, e esse é o seu som. Inevitável que o jornalista tenha feito tal afirmativa.

A encerrar o assunto do poster, claro que tal publicação foi muito positiva para a banda e auxiliou-nos a atingir esse "momentum" precioso que atingíramos na metade de 1986. Não foi o fator preponderante, contudo, ou seja a se provar como mais uma ferramenta de divulgação e à medida que maior fama alcançávamos, mais oportunidades apareciam e a estabelecer um efeito potencializador, mais chamávamos a atenção, ou seja, foi o doce momento da retroalimentação espontânea que a banda estava a atingir, graças aos esforços somados por quatro anos de trabalho, e apesar dos erros de estratégia e da falta de sorte por não termos atraído um empresário, produtor ou manager esperto o suficiente para capitalizar o momentum e a empurrar-nos, enfim, para o patamar mainstream. Falo a seguir, mais sobre os bastidores dessa produção do poster. 
Continua...

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