Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 17 de maio de 2015
Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 41 - Por Luiz Domingues
Com a chegada do segundo semestre de 1992, esse movimento de meu mural estava consolidado. Claro que a maioria das apresentações anunciadas eram amadorísticas, sobre a atuação de bandas a iniciar trajetória de carreira, portanto em sua maioria a tratar-se de apresentações em festivais escolares ou em pequenas apresentações em bares nada famosos do circuito, para não dizer, obscuros. Porém, eu achava genial estimulá-los a divulgar, pois foi um fator de incentivo muito forte para a autoestima deles. E também a realçar-se um fator de união que eu não tenho dúvida, seria, e foi decisivo para muitos, pois muitas carreiras foram sedimentadas em minha sala de aulas, e disso eu obviamente orgulho-me.
Nessa altura, também, o marido de minha aluna, Monica Maia, o "professor" Nelson Maia Netto, já estava consagrado como uma espécie de ídolo de vários garotos que o conheceram em minha sala de aulas.
Ele causava furor entre os alunos quando questionado sobre algum detalhe a envolver a carreira de qualquer artista nacional ou internacional, ao responder com incrível precisão. Era comum sacar da bolsa um caderno com anotações e escrever a discografia de qualquer artista, a citar o respectivo ano de cada lançamento elencado e muitas vezes a discorrer igualmente sobre o repertório de cada álbum, ao descriminar as respectivas faixas contidas do lado A e do lado B, a evocar os velhos LP's de vinil. E nessa altura dos acontecimentos, essa sabedoria do "professor" Nelson Maia Netto teve a dupla função em unir a garotada, principalmente em ideais muito próximos da contracultura sessentista. A despeito dele também gostar de manifestação culturais oitentistas, como o Heavy-Metal e por conseguinte de algumas bandas egressas dessa "Era", a sua grande base de predileções, era em torno das estéticas vividas nas décadas de 1960 & 1970, e isso pôs-se a contaminar a minha jovem clientela positivamente, ao preparar o terreno para a grande mudança que viria em 1993, onde iniciou-se de fato a formação de meu exército de Neo-Hippies. Nesse segundo semestre de 1992, esses sinais começariam a ficar cada dia mais evidentes nesse sentido.
Tornou-se comum também a presença de meu amigo, Carlos Fazano, que mesmo a morar muito longe de minha casa, vinha acompanhar as aulas de alunos como Christian Du Voisin; Alcione Sana e outros que ele julgava deter potencial ideológico e técnico para possivelmente tocar na banda em que ele sonhava formar.
Assim encerrou-se 1992, um ano em que o perfil dos alunos e a euforia que seria gerada nos anos noventa, efetivamente, começou, fora outros aspectos importantes, tais como a união de meu quadro de alunos com a ascensão de minha banda de então, o Pitbulls on Crack, e o meu auge como "professor" de música. 1993 bateu na porta, e no decorrer da narrativa, eu só confirmarei tais expectativas geradas ao final de 1992.
Continua...
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