Trato feito, voltamos para São Paulo para nos recompor.
Deixamos os nossos
roadies a guardar o equipamento e instrumentos e retornamos no final da
tarde, prontos para o combate. Não seria um show de Rock tradicional da Patrulha do Espaço, mas praticamente um ensaio aberto e remunerado.
Nesses
termos, chegamos preparados psicologicamente para enfrentarmos a
situação adversa de uma forma ainda mais tranquila, no sentido de que o
fator surpresa e/ou estupefação pela reação exótica dos estudantes, não surpreender-nos-ia novamente.
Todavia não fugiríamos do fator
surpresa em 100%, pois ao contrariar as nossas previsões, nessa segunda
apresentação, muitos alunos prestaram atenção no show, e apesar de ser um
evento fechado, o rumor de que a Patrulha do Espaço estava na cidade, correu por São Caetano
do Sul e cidades vizinhas do ABC, e dessa maneira, alguns fãs da banda apareceram, e a
direção da universidade foi simpática por liberar a entrada para pessoas fora do âmbito estudantil. Enfim, foi uma apresentação bem mais animada, com quase a normalidade de um show tradicional da banda.
Sendo
assim, poderíamos até comemorar o fato de que fizéramos dois ensaios
abertos e remunerados no mesmo dia, em uma oportunidade que surgira
inesperadamente e para quebrar um hiato de shows que estávamos a viver por
conta do fato de estarmos a tentar resolver o impasse sobre o futuro do
ônibus.
Por falar nisso, havíamos decidido não usar o ônibus
nesse compromisso da universidade. Transportáramos o nosso backline em nossos
carros particulares, e houvera sido um tremendo incômodo, devo registrar. Além
de estarmos em meio a um clima ruim com o motorista, nesse show em específico,
estacionar o veículo seria muito complicado, por conta da ausência de um
estacionamento adequado dentro da instituição e dessa maneira, havíamos
abortado essa possibilidade.
Mas não contávamos com a hipótese de um
segundo show no mesmo dia, e quando isso foi acertado, resolvemos pedir
apoio do motorista.
Sendo justo, ele era temperamental e turrão,
havia ameaçado nos boicotar em algumas ocasiões em sinal de retaliação,
mas na prática, nunca nos deixara na mão, apesar do clima desagradável
entre nós.
Então, o convocamos para nos auxiliar nessa tarefa
noturna e ele foi solícito, ao sair de uma cidade do outro lado da região
metropolitana de São Paulo, no caso, o município de Taboão da Serra,
para se deslocar para São Caetano do Sul, na região do ABC, portanto,
a atravessar também a cidade de São Paulo para chegar à São Caetano do
Sul, ou a trocar em miúdos, acredito que percorrendo cerca de setenta Km, cento e quarenta
com a volta. Entretanto, ele nos apoiou com a sua van, e somente pediu uma ajuda para custear o combustível gasto nessa operação.
Após
esse show, o desafio foi resolver a dissolução da parceria com o
referido motorista e tomar providências para assumirmos o veículo
sozinhos, e assim contratarmos um novo motorista. O tempo urgia e shows já estavam marcados em cidades interioranas paulistas.
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 176 - Por Luiz Domingues
Marcadores:
Autobiografia de Luiz Domingues,
Luiz Domingues,
Marcello Schevano,
Patrulha do Espaço,
Patrulha do Espaço Capítulo 176,
Rodrigo Hid.,
Rolando Castello Jr.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário