sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 211 - Por Luiz Domingues

Nós tocaríamos novamente no estabelecimento, Manara, casa noturna bem estruturada, e que já havíamos visitado em turnê anterior pelo sul, em janeiro desse mesmo ano de 2002.

Desta feita no entanto, a produção não estava tão caprichada como da vez anterior, em termos de divulgação, e a presença de público ficou bem abaixo do que esperávamos.

Fizemos o show no padrão habitual, naturalmente, e foi até surpreendente sob um certo aspecto. Explico: na ocasião anterior, havia mais gente presente, mas não conseguimos estabelecer sinergia com o público. Desta feita, o público foi menor, mas a empatia foi muito melhor... vá entender...

O nosso amigo, Evandro Damari, fez o show de abertura e depois ele teve uma participação em nosso show. A banda "Spartacus" também fez show de abertura.
                       O bom guitarrista gaúcho, Evandro Demari

O som do Evandro e da sua banda de apoio era bem no estilo do Blues-Rock, com muita qualidade e técnica e o Spartacus apresentou um som mais pesado, no limite do Hard-Rock, quase a beirar o Heavy-Metal.

Voltamos para o hotel e a terça-feira seria livre para a banda, sem compromissos oficiais. Mas claro que aproveitamos para fazer contatos e no meu caso, eu fui com o Rolando Castello Junior a várias lojas de discos de Rock no centro da cidade, ao estilo das lojas da Galeria do Rock de São Paulo. Foi uma tarde agradável, sem dúvida, a conversaro com muitos lojistas, e que na tradição desse tipo de empreendedores, eram todos profundos conhecedores da história do Rock.

Um fato desagradável ocorreu quando estávamos em uma dessas lojas do centro da cidade, mas alheio completamente à nós e a loja. 
Infelizmente, presenciamos um assalto do outro lado da rua, muito rápido, quando um "trombadinha" assaltou um senhor idoso. Aliás, era um "trombadão", pois o sujeito tinha seguramente mais de 1.90 de altura, e com tal porte avantajado, empurrou o pobre vovô e lhe arrancou a carteira em uma fração de segundos. Não deu tempo nem de esboçar tentar ajudá-lo, com o meliante a evadir-se rapidamente.  
Para amenizar o astral depois dessa triste ocorrência, nós apreciamos muito uma visita à Casa de Cultura Mario Quintana ali no centro de Porto Alegre. Na parte noturna, todos foram aproveitar a noite de Porto Alegre, mas eu preferi fazer uma caminhada pelo entorno do hotel, ao fazer um reconhecimento do bairro. Eu gosto de conhecer cidades dessa forma, a caminhar a pé e eventualmente a usar o transporte público local. O frio apertou e eu resolvi parar em uma pizzaria que pareceu-me simpática, e ali jantei sozinho, mas a apreciar o ambiente.

No dia seguinte, enfim tivemos a continuidade da turnê, com um show na cidade de Novo Hamburgo-RS. Para quem não conhece o estado do Rio Grande do Sul, é bom esclarecer que tal cidade fica muito perto de Porto Alegre, a se colocar no espectro de sua região metropolitana, com muitas outras cidades agrupadas.

Por ser perto, nos demos ao luxo de programar viagem somente para o período da tarde, portanto ainda tivemos mais algumas horas na capital gaúcha. No café da manhã, ficamos a ver o jogo da semifinal da Copa do Mundo, e o Brasil venceu por 1x0. O Rodrigo saiu sozinho para um passeio matinal pelo bairro e filmou tal passeio. Nessa filmagem, dá para ouvir as pessoas a gritar e o foguetório motivado pelo gol marcado pelo Brasil, o que chega a ser curioso como registro.

Após o almoço, partimos para Novo Hamburgo-RS, onde tocaríamos na noite de quarta-feira.
Continua...

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