sábado, 3 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 41 - Por Luiz Domingues

Então, no dia do ensaio da banda cover do jornalista, Bento Araújo, estávamos em peso no Overdrive estúdio, e fizemos a abordagem ao Ivan Scartezini. Ele em princípio mostrou-se muito receptivo, e só alertou-nos que mantinha além do trabalho cover com Bento Araújo, uma outra banda, onde atuava como side-man.
 

Tratava-se da banda de apoio do excelente compositor, cantor e vocalista, Denny Caldeira, que conduzia com labuta e dificuldades a sua carreira solo. 

Não recordo-me ao certo, mas acredito que já no dia seguinte, Ivan nos deu o seu sinal afirmativo e daí, já colocara-se 100 % imbuído no trabalho para preparar as onze músicas do nosso primeiro CD que estavam prontas. Um primeiro ensaio foi marcado ainda para março de 2006, e foi espetacular o desempenho dele, à bateria. Não só havia decorado todas as músicas, como trouxe enriquecimentos incríveis. 

Ou seja, foram nuances que gostaríamos que o Alex Soares houvesse gravado, e ele não as fez na gravação do CD, por "pisar no freio", propositalmente. Sendo assim, as músicas cresceram demais e nós lamentamos que ele, Ivan, não estivesse conosco desde o início.

Isso tudo, fora o fato concreto dele ter um astral ótimo e estar sintonizado com a nossa vibração, como o Alex infelizmente nunca esteve. Em dois ensaios, ele se mostrou pronto para tocar ao vivo, e parecia estar a trabalhar conosco realmente desde o começo.

Primeira foto promocional com Ivan Scartezini efetivado na banda, em 2006. Click, acervo e cortesia: Grace Lagôa
Sobre o Ivan ter ido ensaiar lá no Overdrive, com a banda cover em que tocava, foi uma sorte oportuna e muito grande ele ter comparecido lá, no exato momento em que cogitávamos o seu nome para assumir o posto deixado pelo Alex. Mas independente disso, tanto eu, quanto o Rodrigo, o abordaríamos de qualquer maneira por telefone. O fato dele ter ido ensaiar no Overdrive, só facilitou a nossa tentativa de aproximação, em suma. 

Quando o abordamos, ele realmente não esperava o convite. Deu para ver a mudança de seu semblante quando falamos. Ele não conhecia o repertório, mas na prática, ninguém conhecia, pois o Pedra ficara enfurnado no estúdio a ensaiar e gravar, por quase um ano e meio, e salvo as exibições do clip de: "O Dito Popular" na TV, e poucas execuções radiofônicas, ninguém conhecia o trabalho. 

Claro que ficamos apreensivos sobre a sua resposta. Quanto à nossa expectativa, apesar de confiarmos que ele gostaria do trabalho, a nossa dúvida esteve no fato dele ter raízes de amizade com o Denny Caldeira, e rejeitar possivelmente o nosso convite por não querer acumular trabalhos. 

Mas estávamos confiantes, em relação à nossa banda & obra. Dessa forma, em breve estaríamos imbuídos da determinação de finalmente começar a tocar ao vivo.  

Antes porém, preciso fazer um pequeno regresso para outubro de 2005. Pretendia contar sobre essa particularidade no capítulo sobre o Língua de Trapo, por que foi no ambiente de um show do Língua de Trapo que essa conversa iniciou-se em 2005. No entanto, acredito que faz muito mais sentido detalhar aqui, pois tal assunto diz respeito ao Pedra, efetivamente.

Continua...

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