terça-feira, 27 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 62 - Por Luiz Domingues

E sem nenhum constrangimento por conta dessas dificuldades de comunicação, o "R" tinha a famosa "lábia" de empresário. Além de prolixo, gostava de praticar o autoelogio, ao alardear sobre os seus feitos e contatos na área. Até aí, tudo bem, pois não dá para ser introvertido nessa profissão, mas claro que certos excessos preocuparam-nos. 

A esposa dele era no entanto mais comedida e dessa forma, tínhamos um equilíbrio entre o histrionismo de "R" e a sensatez da parte dela. 

As primeiras ações combinadas concentrar-se-iam em tentar colocar a banda no circuito de shows da rede Sesc. Ele dizia ter contatos fortes e que costumava vender os shows do cantor & compositor, Kiko Zambianchi, nesse circuito. 

Todavia, o fato concreto, foi que até o dia em que o visitamos em seu apartamento, ele não sabia ao certo quem éramos. 

Talvez a intermediação feita pelo nosso amigo em comum, que  apresentou-nos ao rapaz, não o tenha impressionado suficiente. 

Porém, mediante os fatos, ou seja, depois de ver os dois vídeoclips, examinar o site, ouvir o disco e tomar conhecimento que tínhamos músicas a serem veiculada em uma FM de São Paulo, isso mudou, mas não como achávamos que mudaria. 

Ao longo desta narrativa isso ficará claro. Em princípio ficamos animados, mas o fato é que essa animação foi fugaz. O sujeito passou a ter atitudes muito estranhas no decorrer dos próximos dias, para desaboná-lo completamente. 

Ao se aproximar a data do nosso show internacional, queríamos testá-lo também como "manager" e nesse caso, "road manager". Foi necessário, porém, foi também um grande erro que cometemos, como eu explicarei a seguir.

Continua...

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