sábado, 3 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 44 - Por Luiz Domingues

Dessa forma, estávamos muito contentes em ter a nossa presença garantida em um festival com perspectivas de atrações internacionais inclusas, mas a vida seguira e tínhamos questões importantes para tratar, com a finalização do disco e logo, conforme já relatei, enfrentamos uma crise interna com o desfecho chato da saída do Alex Soares. 

De volta à cronologia, após esse rápido interlúdio, volto ao ponto onde o Ivan Scartezini entrou na banda. As conversas com o pessoal do Festival Internacional prosseguiram, e muitos desdobramentos ocorreram, conforme relatarei, oportunamente. 

Com o Ivan adaptado à banda, instantaneamente, sentimos que era chegada a hora finalmente de colocarmo-nos no palco. O Festival inicialmente marcado para março, fora transferido para setembro, e não houve razão para não tocarmos antes, aliás foi uma necessidade, se considerarmos que o disco estava a sair.

Em relação à capa e encarte, a solução foi "psicodelizar" o vulto do Alex de tal forma, que tornou-se um fractal irreconhecível em todas as fotos onde estava conosco. 

Há por exemplo, uma foto onde eu e ele simulávamos um grito, a nos olhar, mutuamente, face a face. Na verdade, foi um still do vídeo clip da música "O Dito Popular", em uma cena que o diretor, Eduardo Xocante, quis inserir, com os membros da banda a atuar sem instrumentos, com posturas agressivas para evocar o clima de protestos, ao estilo de manifestações de rua, proposto pela letra da música. 

Porém, com a saída do Alex, o Rodrigo nesse caso optou por duplicar a minha imagem, e por conta disso, eu apareço a gritar para eu mesmo, o que ficou até esteticamente interessante, pelo fator inusitado de tal ilustração.

Continua...

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