Animados, fomos para o Centro Cultural com essa determinação de fazermos um bom show.
No telão, além de imagens aleatórias, o show foi retransmitido como em estádios de futebol e uma câmera fixa filmou todo o show com qualidade muito boa.
Algumas músicas desse show foram disponibilizadas separadamente no YouTube, ainda em 2006, como: "Madalena do Rock'n' Roll", "Vai Escutando", "Reflexo Inverso" etc. Existe a ideia de se lançar o show completo no YouTube, em algum momento.
O diretor, Eduardo Xocante, chegou ainda no período do soundcheck, acompanhado de vários assistentes. Sob o seu comando, todos fizeram várias tomadas com câmeras da marca "Bolex", uma câmera portátil e muito funcional que segundo o próprio, Eduardo Xocante, era muito usada por repórteres de guerra.
E uma câmera fixa também capturou imagens que foram levadas à edição final. Ao seu comando, o casal de atores (Daniel Alvim e Claudia Cavalheiro) fez uma tomada a entrar no teatro com a banda já em ação, e posteriormente algumas tomadas do casal sentado na plateia, a assistir o show. O engraçado, é que a verdadeira namorada de Daniel Alvim na ocasião, a atriz Mel Lisboa, estava junto e sentou-se do outro lado dele, mas sem prejuízo algum à dramaturgia do clip, é óbvio.
No soundcheck, o diretor Eduardo Xocante, eu, Luiz Domingues sentado no canto dos teclados, e Emmanuel Barretto (ao fundo, a ler uma anotação), que trabalhou nesse show como nosso roadie, e também como cinegrafista da equipe de Xocante, simultaneamente.
Na parte musical, o Xocante gravou duas ou três tomadas da banda a executar a canção: "Sou Mais Feliz", pois além da execução normal durante o show, ele pediu-nos que a tocássemos novamente em um eventual bis, e assim o fizemos, para lhe garantir mais imagens.
Na parte musical, o show foi muito bom. Estávamos muito bem ensaiados e motivados. A performance ocorreu de uma forma bastante inspirada, com direito até a pequenos improvisos. Na música: "Me Chama na Hora", conforme já disse anteriormente, contamos com as presenças de três percussionistas (Caio Ignácio, Thiago San e Roby Pontes).
Na parte da batucada, fizemos um adendo organizado no ensaio e bem funkeado e com aquela batucada, que lembrou o som da "Banda Black Rio". Isso foi muito valorizado pelo público, a descartar qualquer possibilidade de fãs Rockers radicais rejeitarem tal manifestação musical híbrida.
Comemoramos isso, não só pelo fato em si, mas também por sentirmos que o Pedra começava a angariar um público diferente do que estávamos mais habituados em trabalhos anteriores de cada um dos componentes, principalmente sobre a Patrulha do Espaço, banda onde eu e Rodrigo tivemos longa passagem, e o Xando, uma mais curta.
Duzentas pessoas passaram pela bilheteria do Centro Cultural São Paulo naquela noite de 8 de julho de 2006, a nos deixar contentes, pois foi um número expressivo para uma banda iniciante, apesar de formada por músicos com carreiras pregressas com a existência de currículo expressivo.
O excelente percussionista, Caio Inacio e Rodrigo Hid
No camarim do pós-show, o clima foi marcado pela alegria, quando além de familiares, parentes e amigos queridos, recebemos presenças
ilustres como o vocalista do Língua de Trapo, Laert Sarrumor, o
radialista mítico Jaques Sobretudo Gersgorin, do Kaleidoscópio (programa de rádio histórico
no jornalismo cultural dos anos setenta), Zé Brasil & Silvia Helena,
dupla de vocalistas do Apokalypsis, os atores Daniel Alvim, Claudia Cavalheiro e Mel
Lisboa, e o grande Cezar de Mercês, ex-baixista d'O Terço, que dispensa
apresentações.
Foi o nosso melhor momento ao vivo, nesse início de
carreira, mas o embalo positivo continuaria por mais um tempo, conforme eu contarei a
seguir.
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