O Pós-show foi bastante animado, com cumprimentos efusivos dos ali presentes. Apesar das dificuldades técnicas já salientadas, eu saí bastante satisfeito com a performance, e com a certeza de que em condições melhores, essa banda renderia muito.
Um episódio
prosaico aconteceria alguns instantes depois, mas sem absolutamente
nenhuma relação com o show em si. Tal evento, proporcionou-me uma quase
cena de pastelão explícito, em plena madrugada da Rua Augusta. Foi
o seguinte: passados os momentos de cumprimentos e conversas do
pós-show, começamos a desmontar o palco, nós mesmos, pois fora uma
produção muito simples, sem a presença de uma equipe técnica
profissional, que cumprisse tal tarefa.
Tive a reação instintiva de sair a correr atrás, e gritar para o motorista do guincho parar e atender-me, mas o sujeito nem olhou no seu retrovisor...
Fiquei desolado, já a imaginar o inferno burocrático que enfrentaria nos dias posteriores para resgatar o meu automóvel, quando eu tive o instinto de ir ao local onde estacionara, para verificar se fora mesmo o meu carro que houvera sido guinchado. Quando aproximei-me do local, na Rua Augusta mesmo, mas cerca de duzentos metros adiante do Club Noir, tive a refrescante sensação de alívio ao vê-lo ali, estacionado e incólume!
O carro que eu vira, era naturalmente outro, mas por ser do mesmo modelo, ano e cor, do meu, disparou-me a sensação de insegurança por ter estacionado em um local onde eu tivera dúvidas se fora permitido ou não, por uma questão de horário mencionado na placa de trânsito ali presente. Como faltavam poucos minutos para que fosse permitido, no momento em que eu estacionei, pairou a dúvida no ar.
Passado
esse susto (nunca esquecer-me-ei de minha sensação ao ver meu carro,
supostamente sobre uma caçamba do CET, e sobretudo a minha reação ridícula de sair
atrás a gritar com o funcionário público), a boa nova anunciada pelo Ciro, foi que já tínhamos
uma nova data em vista, e seria bem próxima, ao dar-nos a ideia de uma
sequência animadora para o trabalho.
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