terça-feira, 27 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 64 - Por Luiz Domingues

Matérias ótimas serem publicadas na imprensa escrita, músicas a tocarem em uma FM de São Paulo, e clips filmados em película de cinema e assinados por um diretor dono de um currículo com tamanho gigantesco! Em suma, estivemos sob um embalo incrível, e assim, participar de um show internacional, pareceu ser o cume para nós nesse ano de 2006, forjado por tantas conquistas.
Antes de chegarmos à semana do evento propriamente dito, foram muitas reuniões e questões burocráticas a serem vencidas, naturalmente. Mas enfim entramos na semana do festival.

E na antevéspera do show, dia 26 de setembro de 2006, o produtor, Marcelo Francis, pediu que dois membros da banda fossem à coletiva de imprensa que o Uriah Heep concederia, com posterior cocktail.  

Eu e Ivan Scartezini comparecemos ao evento a representarmos o Pedra, e ainda nos acompanharam nessa tarefa, Samuel Wagner, Daniel "Kid" e o meu primo, Emmanuel Barreto. Os três estavam a trabalhar como roadies desde o início das atividades da banda e o Emmanuel acumulava o posto de "film-maker", por registrar com a sua câmera, diversos momentos "off" da banda (muitos já usados para compor promos de YouTube, mas ainda com muitos inéditos que um dia serão lançados). 

O local designado para tal ação foi o auditório bem estruturado da Universal Music, localizado no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo.  

Assim que chegamos ao local e enquanto esperávamos a recepcionista cadastrar-nos e fornecer-nos os respectivos crachás, eu notei a presença do assessor do produtor, Marcelo, a conversar com uma mulher. Não sei se ela era jornalista ou produtora, mas certamente era alguém do meio musical, pois ele falava enfaticamente que a banda "emo-core" que apadrinhava, seria "o grande diferencial do mercado em 2007"... 

Nunca esqueci-me disso, pois além de ser um absurdo como falácia fora de propósito, denotara que o seu foco era 100 % calcado nessa premissa, e que se dependesse dele, o Pedra não teria espaço na produtora do Marcelo, em um "momentum" pós-Festival.  

Autorizados a subir, entramos enfim no amplo salão e percebemos que estava muito cheio de convidados. Foram jornalistas de diversos veículos, incluso a representar a mídia mainstream, o que surpreendeu-me de certa forma, visto ser o Uriah Heep, desde sempre, uma banda subestimada, até na Europa.  

Uma banda cover faria um micro show posteriormente nesse evento, para tocar covers do Rock internacional 1960 & 1970, e ficara garantida a sua qualidade, pois tratava-se do: "Whomp", liderada pelo Oswaldo Malagutti, dono do estúdio Mosh, e ex-baixista do grupo de Rock, "Pholhas".  

Foi quando fomos convidados a entrarmos no recinto do auditório, para assistirmos a coletiva de imprensa do Uriah Heep.

Continua...

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