quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 173 - Por Luiz Domingues

Nesses termos, não houve como negociar um horário mais digno, pois a despeito da insalubridade total dessa meta que estabeleceram, para eles, os contratantes, foi imprescindível que estivéssemos a tocar às 8:00 horas da manhã, para que pudessem receber os alunos novos na quadra do ginásio de esportes daquela instituição educacional.

Portanto, aceitamos a insalubridade, mesmo por que, o cachê oferecido veio a calhar em um momento em que enfrentávamos a dissolução da nossa parceria com o sócio/motorista e assumiríamos o ônibus sozinhos, doravante. E assim, no dia marcado, lá fomos nós para São Caetano do Sul no final da madrugada, para chegarmos na Universidade, antes das 6:00 horas da manhã, ainda com a escuridão reinante.

Com apoio da garotada do Diretório Acadêmico da instituição, fomos a montar rapidamente o nosso backline e vimos que eles houveram cumprido a promessa de melhorar as condições do PA. De fato, haviam algumas caixas a mais, potências e um multicabo com uma extensão razoável para operar.

Na base da pressa, montamos e passamos muito apressadamente o som e assim soubemos de antemão que não seria possível tocar sob um volume normal de show de Rock, pois a possibilidade de não nos ouvirmos, ficara enorme. 

Enquanto terminávamos os preparativos finais, vimos que os portões foram liberados e os estudantes, calouros e veteranos, começaram a lotar a quadra poliesportiva, mas ignoravam o palco, nem pela mera curiosidade de fitar a movimentação, os equipamentos e aquele bando de cabeludos, o que em pleno início dos anos 2000, foi algo que poderia ser considerado "normal", talvez. Muito diferentemente como houvera sido nos anos setenta, infelizmente. Então, quando a quadra estava bastante lotada, os membros do Diretório Acadêmico deram o sinal para iniciarmos o show...

Continua...

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